Remoma muda vista de SG
Em 15 anos de projeto, mais de mil mudas foram plantadas em área dos fundos da Igreja Matriz

Por Marcela Freitas
O projeto de Reflorestamento do Morro da Matriz (Remoma) está prestes a debutar. Em agosto, ele completa seu 15º aniversário. Ao todo, mais de mil pessoas já contribuíram com a ação, que tem como principal objetivo o reflorestamento do morro atrás da histórica Igreja Matriz de São Gonçalo, tendo como consequência a integração da comunidade com a natureza.
Desde o início, o projeto é coordenador pelo biólogo Marcos Dias, que à época era membro do grupo jovem. Ele resolveu levar para os amigos, a ideia de pintura do cruzeiro, que foi aprovada pelos membros e pelo padre. Assim, nasceu o projeto Remoma, que mudou a vista na área atrás da igreja desde a sua implantação.
Na primeira atividade, além da pintura, foram plantadas 25 mudas de espécies nativas, mas os voluntários viram que só isso não era suficiente. Em 2005, foi criado o viveiro de árvores com capacidade de armazenamento para 200 mudas, o que permite a realização de plantios a cada mês ou, no máximo, a cada dois meses.
“Hoje, temos mais de mil árvores plantadas de diferentes espécies, como palmito jussara, ipês diversos e sibipiruna. Nossa ideia em criar essa área verde é de integração da cidade com o meio ambiente. Essa é uma área verde visitável e tem potencial para ser uma área turística”, disse.
Ainda segundo Marcos, a ideia é levar o projeto para outros bairros. “Queremos montar uma ONG, que nos permitirá o financiamento de projetos. Nosso objetivo é continuar recuperando a área, que estava degradada e em risco de favelização. Queremos levar esse projeto para o Engenho Pequeno e a ONG nos garantiria o pagamento de funcionários para ajudar nesse plantio. Hoje, eu não consigo custear e conto com ajuda de voluntários, mas efetivamente temos apenas 15 pessoas. Em ações especiais para o plantio, esse número é um pouco maior, mas ainda não é o suficiente”, afirmou.
Voluntária do projeto, a assistente social Gracione Oliveira dos Santos, que é natural do Maranhão, disse que a atividade lhe mantém mais próximo da natureza. “Vim fazer faculdade no Rio e fiquei morando em São Gonçalo. Mas desde pequena sempre tive contato com a natureza. Conheci esse projeto e me apaixonei. Hoje, me faz muito bem estar aqui colaborando”, revelou. Quem quiser conhecer mais o projeto, basta acessar o site www.projetoremoma.org ou através do facebook.