Pais se unem para garantir cirurgias de bebês

Por Marcela Freitas
O ditado popular “A união faz a força” pode resumir o empenho da família do pequeno Bento Scovino Eduardo, de 10 meses, em ajudar ao próximo. É que através da campanha “Vamos ajudar o Bento a crescer? cujo objetivo é angariar fundos para um procedimento cirúrgico, os pais do menino, a dona de casa Amanda Soares Scovino, de 33 anos, e o professor Leonardo dos Santos Eduardo, 37, conheceram através da internet outro casal de Feira de Santana, na Bahia, que enfrenta o mesmo diagnóstico com a filha e decidiram ajudar. As crianças sofrem de hipoplasia femural bilateral e lutam contra o tempo fazer uma cirurgia de reconstrução do quadril, para terem o desenvolvimento correto do fêmur.
Após conversas virtuais, os pais de Bento convidaram Gabriela de Oliveira, 31, e Fabio Martins, 36, pais da pequena Maria Alice, de 1 ano, para se hospedarem na sua casa, para garantir à ela consulta com o mesmo médico de Bento, um dos poucos no Brasil a realizarem o procedimento.
“Antes de termos Bento, nunca tínhamos ouvido falar desta hipoplasia femural. Faltam muitas informações, e a Gabriela me procurou após conhecer a história dele pela internet. Fico muito feliz em ajudar. Ela é uma irmã que ganhei. Conversávamos muito e estamos juntos nessa batalha”, disse. Gabriela estava ansiosa para a consulta. “Vamos fazer o possível para dar a Maria Alice uma condição de vida melhor. Na Bahia não tem especialistas neste quadro. Estamos confiantes com o atendimento que ela vai receber aqui no Rio. Quando voltarmos, daremos início à campanha para conseguir os recursos para operá-la. Agradeço muito à Amanda que foi um anjo em nossas vidas”, disse.
Para conseguir os recursos, Amanda e o marido iniciaram uma campanha de doação online no Facebook e no site www.vakinha.com.br/vaquinha/todos-pelo-bento. No Facebook, a página “Todos pelo Bento” reúne, periodicamente, informações sobre o dia-a-dia dele e esclarecimentos sobre a doença. Mais do que recursos financeiros, os pais de Bento pedem apoio e divulgação, já que eles não têm muitos familiares.