Helicóptero cai em praia de Niterói

Por Sergio Soares e Renata Sena

Aqueda de um helicóptero na orla de Itacoatiara, na Região Oceânica de Niterói, deixou uma pessoa morta e outra ferida, no início da noite de ontem, e levou equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e de outros órgãos do governo do estado a montarem uma grande operação de resgate.

No momento do acidente, chovia no local. Na aeronave, havia dois militares: Paulo Roberto de Almeida e Fábio Pestana. Paulo Roberto conseguiu pular da aeronave antes da queda e nadou por cerca de 200 metros até a praia. Fábio, que é primo da ex-governadora do estado, Rosinha Garotinho, estava desaparecido até a madrugada desta quinta-feira, quando bombeiros encontraram  seu corpo preso à aeronave, próximo ao costão da praia.

Viagem - Os dois haviam decolado do Recreio dos Bandeirantes, no Rio, com destino a Maricá. O plano de voo era que eles voltassem ao Rio após chegarem ao destino. Segundo moradores, o helicóptero começou a dar voltas antes de cair no mar, o que indica que pode ter havido uma pane. Após o acidente, as pessoas que estavam no local alertaram o Corpo de Bombeiros, que acionou equipes de salvamento do quartel do 4º Grupamento Marítimo (4º Gmar).

Operação - Com apoio de uma embarcação, mergulhadores iniciaram as buscas à aeronave - que submergiu rapidamente em um trecho distante da praia - e aos sobreviventes. Paulo Roberto conseguiu nadar até a praia e foi socorrido inicialmente por surfistas. Ele foi levado ao Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, em Niterói, onde permanecia internado até o fim da noite de ontem.

Policiais do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de Itacoatiara isolaram a área para evitar tumultos no local. Equipes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) também estiveram em Itacoatiara.

Quedas de aeronaves já mataram 13 na região

Niterói e Maricá têm sido locais de acidentes aéreos nos últimos anos. No mais grave, ocorrido em 27 de setembro de 2001, um avião Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB), de prefixo 2455, caiu na Serra da Tiririca, depois de bater na Pedra do Elefante, na região de Inoã, Maricá. Toda a tripulação, composta por nove militares, morreu.

A aeronave, que pertencia ao 2° Esquadrão do 1° Grupo de Transportes de Tropa, voltava para a base de Campos dos Afonsos, na Zona Oeste do Rio, por volta das 12h, de onde havia saído para realizar vôos de treinamento. Chovia muito e havia densa neblina na região onde ocorreu a queda. Testemunhas afirmaram que o avião voava muito baixo e que em seguida, ouviram barulhos de explosão.

Cerca de 40 bombeiros de Niterói, outros 40 homens da Aeronáutica e 30 voluntários, que conhecem a região, trabalharam no local. Seis helicópteros foram destacados para localizar os corpos das vítimas e partes do avião. em Maricá, as autoridades aéreas já registraram pelo menos quatro óbitos nos últimos anos por causa da queda de aviões de pequeno porte, todos que usavam como base o aeroclube da cidade.