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Gonçalense é vice-campeã da Copa do Mundo de Just Dance

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de março de 2017 - 11:00
Pâmella conquistou a medalha de prata na Copa do Mundo de Just Dance disputada na França
Pâmella conquistou a medalha de prata na Copa do Mundo de Just Dance disputada na França -

Por Juliana Bittencourt

O mundo dos games está crescendo cada dia mais, e prova disso são os diversos torneios de eSport, uma modalidade de competição profissional com videogames que reúne pessoas de todas as nacionalidades. Um exemplo desses torneios é a "Copa do Mundo de Just Dance", que acontece na França, na qual a  gonçalense Pâmella Ribeiro, de 21 anos, conquistou o 2º lugar na edição do ano passado. O game usado na competição foi "Just Dance 2017", lançado em 2016 para os videogames.

O jogo Just Dance consiste em um game de música e dança desenvolvido pela empresa Ubisoft, no qual através dele o jogador seleciona uma música e deve acompanhar as poses e movimentos do dançarino representado na tela. A pontuação se dá de acordo com o número de movimentos acertados.

Em uma entrevista a O SÃO GONÇALO no ano passado, Pâmella Ribeiro revelou que joga desde 2011 e teve o primeiro contato através do incentivo de sua irmã. Nesta época, ela não dispunha de console e se divertia na frente da tela do computador através de vídeos no youtube. No início, não era muito chegada ao universo gamer, mas desde pequena sempre teve uma paixão pela dança, chegando a fazer aulas de jazz e balé. Posteriormente adquiriu um Playstation 3, um console da marca Sony e costumava jogar frequentemente.

E aquilo que começou como um hobby foi tomando uma nova dimensão. Impulsionada pela paixão pelo jogo e a chance de fazer disso uma profissão, Pâmella começou a se especializar no game, e chegou a participar de dois campeonatos realizados em feiras de anime em São Gonçalo e Niterói.  

Embora, segundo a NPD Group, 82% da população na faixa etária de 13 a 59 anos tenha o costuma de jogar algum tipo de game nas mais diversas plataformas, gastando em média 15 horas por semana com o hobby, Pâmella aponta que o incentivo à profissionalização dos gamers ainda é precário, principalmente em nível regional. Os torneios não acontecem constantemente e são vistos mais como introdutórios e divercionais do que profissionais. Além disso, existe uma problemática que acompanha os jogadores de Just Dance, que seria a estereotipização do game como "coisa de menina".

Por esse motivo os homens que jogam são tidos como afeminados e a vitória feminina é muitas vezes desmerecida, coisa que não costuma acontecer com jogos como "Call of Duty", "Fifa Soccer"  e demais games tidos como "coisa de menino". Esse esteriótipo ainda se mantém mesmo após pesquisas, como a da Game Brasil 2016, apontarem que  as mulheres já representam 52,6% do público gamer brasileiro.

Pâmella sempre teve o sonho de conhecer o mundo e, devido ao seu bom desempenho em torneios menores, Pâmella  decidiu participar seletivas mundiais para disputar, em Paris, o “Games Week”, feira de games francesa, uma vaga no ranking mundial e acabou vencendo mais de 500 concorrentes brasileiras nas seletivas online. 

Assim, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro do mesmo ano, Pâmela foi convidada para o torneio mundial e voltou de lá com o sexto lugar, nessa época já competia com Playstation 4, um console superior ao seu inicial. Pâmella conta que a experiência de competir internacionalmente é  única.

"Você conhece novas pessoas, fala diferentes idiomas e tem a chance de conhecer um país diferente (França).", disse ela. A sua primeira competição rendeu a ela o convite  para participar, em abril de 2016 de uma feira de jogos em Los Angeles, nos Estados Unidos, evento que participará novamente esse ano.

Em 2016, classificou-se novamente para Copa do Mundo e reforçou o ritmo de treinos afim de conquistar o primeiro lugar. Durante a época da competição, Pâmella chegou a praticar cinco horas por dia e acabou sofrendo uma lesão na perna durante um de seus treinos, isso tornou a competição ainda mais árdua. A jovem teve que aguentar a dor durante todas as etapas e mesmo assim voltou para casa com o título de vice campeã.  "Foi muito difícil, nas últimas danças eu mal conseguia sorrir."

No momento Pâmella não pensa muito nas próximas competições, quer trabalhar a sua imagem na mídia e abir um canal no youtube onde gravará stremings, transmissões de vídeos em tempo real,  dando dicas e macetes para uma boa pontuação e trabalhar profissionalmente com isso, adquirindo verbas através de doações e assinaturas no canal. 

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