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Na luta pela educação em SG

Professores decidem voltar ao trabalho após assembleia, mas negociações continuam

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de março de 2017 - 11:30
 Direção do Sepe-SG, professores e governo fizeram assembleia no Colégio Castello Branco ontem
Direção do Sepe-SG, professores e governo fizeram assembleia no Colégio Castello Branco ontem -

Por Cyntia Fonseca

A greve dos professores da rede municipal de São Gonçalo terminou, mas a crise na educação continua. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), apesar do fim da paralisação, as negociações com o governo e o Ministério Público por melhorias e regularização dos salários irão se manter. A decisão pelo fim da greve aconteceu após assembleia realizada, ontem, no Colégio Municipal Presidente Castello Branco, no Boassu, com a diretoria do Sepe-SG e cerca de 200 professores da rede municipal. Hoje, os professores retornam ao trabalho para planejamento das aulas e, na quinta, as aulas voltam ao normal.

A respeito dos salários atrasados, ficou acordado o pagamento em cinco parcelas: a primeira já foi paga no fim de fevereiro e as seguintes serão pagas nos respectivos valores de R$500, R$700, R$1,5 mil e a última com o valor faltante. “É importante ressaltar que a greve terminou, mas as negociações vão continuar. No dia 29 de março, teremos uma outra assembleia no Colégio Presidente Castelo Branco e teremos, ainda esse mês, outra audiência com o Ministério Público para tratar do cumprimento da lei 11.738, que aborda o piso mínimo nacional da categoria”, explicou Michelle Alvarenga, diretora do Sepe-SG.

Faltam merenda, transporte e apoio

De um lado, professores que lutam por seus direitos. De outro, pais e alunos prejudicados pela falta de recursos básicos nas escolas. Para completar o cenário de total crise na educação no município, alunos da Escola Margarida Rosa Marques Galvão, em Amendoeira, sofrem com a falta de merenda, transporte escolar diferenciado para crianças com necessidades especiais e professores de apoio.

“Do início de fevereiro até semana passada, não tinha merenda e os alunos estavam sendo liberados, às 15h, em vez de 17h. Aí, após uma denúncia, o prefeito apareceu e, em menos de 40 minutos, providenciaram os alimentos. Só que foi o suficiente apenas para três dias. Os alunos estão novamente sem merenda. Só tem lanche e quando tem”, desabafou a mãe de uma aluna, que preferiu não se identificar.

Além disso, duas turmas estariam sem profissionais de apoio, que são professores destinados aos cuidados de crianças com necessidades especiais. Outra reclamação é que, desde novembro do ano passado, a unidade também estaria sem transporte escolar diferenciado para atender a esses alunos.

Prefeitura – A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Gonçalo informou que a Secretaria Municipal de Educação segue as diretrizes do Ministério da Educação, que determinam que têm direito a professor de apoio especializado, alunos com necessidade de vida diária (alimentação, locomoção e higiene). Na escola, cinco alunos especiais estão sendo atendidos, nove estão em avaliação e um pedido foi cancelado, já que o aluno não apresentava o quadro correspondente ao acompanhamento especializado.

Em relação à merenda, a assessoria informou que os alunos receberam merenda fria em um período específico devido a problemas de logística, que já foram solucionados. E que o transporte para os alunos especiais deve ser normalizado em breve.

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