Chuva alaga delegacia em SG
Sistema de informática da 73ª DP danificou com a enchente e está sem previsão de retorno

Por Marcela Freitas
Fazer limpeza e contabilizar prejuízos foi o que mais moradores de bairros que sofreram com as inundações da última quarta-feira em São Gonçalo fizeram ontem. O bairro mais castigado foi Neves. Nem a delegacia de polícia na Rua Oliveira Botelho - 73ªDP - escapou. Depois de inundada pelas águas das chuvas, ela está inoperante.
Na 73ªDP, os inspetores limpavam a delegacia ontem. Mas mesmo depois da retirada da sujeira, o sistema da distrital não voltou. As ocorrências foram remanejadas para outras delegacias. Na Corregedoria da Polícia Militar, todos os veículos que estavam no estacionamento foram atingidos pela água, assim como as salas. Por pouco, a enchente não atingiu o servidor dos computadores.
Vivendo no bairro há 60 anos, Julamar Rocha, 79, disse que os alagamentos são constantes. “Uma destruição total. Além da perda de móveis da minha casa, eu tive um prejuízo de mais de R$ 3 mil em meu comércio”, afirmou. Quem também lamentava os prejuízos foi a comerciante Silma Mendes, 84. “Estou contando com a ajuda de vizinhos e da minha filha para fazer a limpeza. Na minha loja, tive perda total dos produtos de papelaria. Em casa, perdi roupas e guarda roupa. Essa é a segunda vez que passo por isso”, lamentou.
Em Nova Cidade, moradores do condomínio Completo, na Travessa Joaquim Seabra, ficaram impossibilitados de entrar e sair do empreendimento. De acordo com o zelador José Luiz Gomes, 53, o problema é recorrente. “A prefeitura esteve aqui, há poucos dias, limpando a galeria, mas de nada adiantou. Bastou chover para que toda essa área ficasse alagada”, afirmou.
No Porto do Rosa, na Rua Flávio Monteiro de Barros, a água empossada ainda podia ser vista ontem. Segundo o borracheiro Denis Marins da Silva, 41, o entupimento das manilhas prejudica o escoamento da água. “As três galerias dessa rua estão entupidas. A prefeitura veio desentupir hoje (ontem), mas isso deveria ter sido feito antes. Eu estou amargando prejuízos. Não tem como trabalhar com a borracharia cheia de água”, afirmou.