Onde está Pollyanna?

Por Marcela Freitas
“Há um ano e nove meses eu não vivo. Se pudesse teria parado minha vida naquele 2 de abril, quando ainda tinha ela ao meu lado. Agora, o que me resta é a dor da saudade e a incerteza de como minha menina está vivendo. Ainda acredito que ela vá voltar. Sou mãe e sei que minha filha está viva. Estou adoecendo com essa falta de notícias”. O depoimento emocionado é da dona de casa Marcele Silvério Moreira da Silva, de 35 anos, mãe da estudante Polyanna Ketlyn da Silva Ribeiro, desaparecida desde abril de 2015.
Polyanna, que hoje estaria com 12 anos, desapareceu quando foi até uma quitanda, a menos de 100 metros de sua casa, em Piratininga, Niterói, comprar uma caixa de fósforos e uma mariola. Segundo o dono do comércio, a estudante sequer chegou até o local. Marcele conta que a menina nunca havia saído de casa sem avisá-la e também não havia qualquer desavença entre elas que pudesse ter contribuído para uma possível fuga da criança.
“Minha filha era minha amiga. Uma boa filha e aluna na escola. Nunca me imaginei passando por está situação. A dor é muito grande. Polyanna jamais fugiria, pois é amada e nos ama também. Acredito que ela tenha seguido alguém em confiança e esta pessoa levou a minha filha”, afirmou.
Marcele disse ainda que foram apenas 10 minutos entre Pollyana sair e ela notar sua demora além do habitual. “O comércio era aqui bem próximo. Costumava acompanhar seus passos do sofá. Neste dia pedi para ela fechar o portão porque a irmã estava querendo sair. Como ela demorou para voltar eu fui atrás. Foi uma noite bem difícil, mas o que vivo hoje é ainda pior”, afirmou. Marcele chegou a contratar um detetive particular, mas também não teve êxitos nas buscas. “Tenho várias campanhas em redes sociais e consegui levantar alguns recursos para contratar um detetive. Todo o investimento foi em vão. Não tive respostas sobre ela”, contou.
Policiais do Setor de Descoberta de Paradeiros da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) realizaram diversas diligências em busca de Polyanna. Algumas informações de que a menina estaria nos municípios de São Gonçalo e Itaboraí nunca foram confirmadas.
Quem tiver alguma informação que leve até a criança, pode ligar para 2253-1177 ou 98972-0282.