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Entidade realiza campanha em prol de padrinhos afetivos em SG

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de janeiro de 2017 - 10:00
O objetivo é oferecer afeto a uma criança ou adolescente com menor probabilidade de adoção
O objetivo é oferecer afeto a uma criança ou adolescente com menor probabilidade de adoção -

Por Marcela Freitas

“Procuram-se doadores de amor”. Se no dicionário doar significa entregar, oferecer e transferir, para os meninos e meninas que hoje vivem em situação de acolhimento no abrigo Reame, a solicitação e bem maior do que isso. A entrega é capaz de transformar histórias das crianças e adolescentes protegidas dos diversos tipos de violência.

Pensando nisso, a instituição, localizada em Santa Luzia, em São Gonçalo, lançou uma campanha, que busca o apadrinhamento afetivo para os nove menores órfãos ou privados pela Justiça do convívio com a própria família.

De acordo com a coordenadora técnica do acolhimento, Rose Brito Dias, o objetivo é oferecer tutoria e afeto a uma criança ou adolescente com menor probabilidade de adoção (acima de oito anos de idade) ou mesmo de reinserção em sua família verdadeira - dando-lhe, assim, referência familiar e autonomia social.

“O padrinho afetivo permite que a criança saia do coletivo e seja vista em sua individualidade. Aqui, ela perde esse convívio familiar e o padrinho vai dar a criança a chance de descobrir novas coisas fora deste portão azul. Muitos desses meninos e meninas chegam com histórias de violência e rejeição. O padrinho dará a ela a chance de ter uma relação afetiva”, contou. De acordo com Rose, no Brasil hoje cerca de 30 mil casais estão habilitados a adotar e, há apenas cinco mil crianças em acolhimento. Entretanto, a idade é o fator crucial para existir tantos casais na fila de adoção, já que a grande maioria opta por crianças com até 5 anos.

“Quanto mais velho, menor a procura por adoção. E se a reinserção familiar não é possível, o apadrinhamento afetivo torna-se o elo do tutelado com a sociedade. Trabalhamos na criança sua expectativa e ansiedade quanto a ter uma família, ir morar em um lar, para que não se iluda nem sofra com o apadrinhamento que não resulta em adoção de fato, mas não tiramos sua esperança, pois é isso que alimenta o ser humano”, apontou Rose. Rose explicou como se tornar um padrinho. “Basta nos procurar e conhecer a instituição. Aqui, havendo interesse, os encaminhamos a parceira ONG Quintal de Ana, onde eles assistem uma reunião para entender mais o programa. Com o certificado podem retornar e iniciamos o vínculo afetivo com as crianças. Neste primeiro momento, não há permissão para sair com os meninos. Isso só é feito com autorização da justiça. Mas é um processo breve”, revelou A instituição - A instituição social sem fins lucrativos, fundada em 1995 na Avenida Santa Luzia, possui 26 funcionários (pagos com verba vinda de empresas parceiras) e é presidida por um grupo de diretores, todos voluntários.

Atualmente o local possui nove menores residentes (no ano passado eram 30), encaminhados pelo Juizado da Infância e Juventude. Para conhecer melhor a instituição e o projeto de apadrinhamento afetivo, acesse o site reame.org.br ou entre em contato com 3183-1399 e parceria@reame.org.br, além da página no Facebook.

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