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Justiça tarda, mas não falha

Deficiente visual consegue que Prefeitura asfalte nove ruas do bairro após 15 anos de espera

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de dezembro de 2016 - 11:45
No início de novembro, a prefeitura contratou empresa para realizar a pavimentação das ruas
No início de novembro, a prefeitura contratou empresa para realizar a pavimentação das ruas -

Por Marcela Freitas

O músico e deficiente visual Celso Pontes, de 68 anos, conseguiu o direito de ver o loteamento onde mora, o Vila Hulda, em Rio do Ouro, em São Gonçalo, saneado e asfaltado através da Justiça. A decisão inédita, segundo o idoso, foi aceita através de ação movida por ele para que fosse garantido aos moradores de nove ruas, uma acessibilidade adequada.

A luta de Celso para que o local receba pavimentação tem mais de 15 anos e foi publicada, em outra ocasião, em O SÃO GONÇALO. Em 2003, Celso ingressou com uma ação que ficou mais de sete anos parada, sendo retomada em 2010. Em março de 2014, o juiz da 3ª Vara Cível de São Gonçalo, Euclides de Lima Miranda, deu ganho de causa a Celso, obrigando assim, a Prefeitura de São Gonçalo, através do processo número 0038188022010190004, a iniciar as obras. Após alguns recursos impetrados e negados, a obra foi enfim autorizada.

No dia 1º de novembro de 2016, a gestão municipal publicou em Diário oficial, a contratação da empresa R.C Vieira Engenharia para as obras de pavimentação e drenagem da Vila Hulda com o orçamento de R$ 3.574,250,44 milhões.

Celso espera que as obras sejam iniciadas. “Em 2014, a obra começou, mas iam fazer apenas o meu caminho até o ponto do ônibus. Pedi ao juiz o embargo da obra, já que isso não seria justo com os moradores. Consegui que a obra fosse parada e uma empresa contratada para pavimentar as nove ruas, incluindo a minha, a Maria Graciana Garcia”, disse.

Portador de retinose pigmentar (RP), Celso perdeu a visão por completo aos 26 anos e precisa da ajuda de um cão guia para se locomover. Celso garante que as obras irão garantir melhor qualidade de vida a todos. “A organização da minha vida vai mudar, assim como de todas as outras pessoas do bairro. As obras da região é uma questão moral. Essa é uma decisão inédita e mostra que o povo tem poder e deve requerer seus direitos ao poder público. A força está dentro de nós”, garantiu.

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