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Empresário supera preconceito em São Gonçalo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de dezembro de 2016 - 12:50
Imagem ilustrativa da imagem Empresário supera preconceito em São Gonçalo

Por Marcela Freitas

Se para algumas pessoas um tropeço na vida pode significar desilusão, para o gonçalense Paulo Henrique Palmeira da Silva, o Paulo Kotoko, apelido que ele mesmo se deu, de 29 anos, a amputação de pernas e braços depois de um grave acidente, quando ainda tinha apenas 7 anos, se transformou em superação.

A história de vida de Paulo Kotoko mudou completamente durante uma típica brincadeira de criança, em março de 1997. Ele estava soltando pipa, no Bairro Antonina, São Gonçalo, quando o objeto se entrelaçou na fiação elétrica. Tentando retirar a cafifa dos fios, ele pegou um trilho de cortina que estava no chão e tocou na rede, sofrendo uma descarga de cerca de 13 mil volts. “Meu irmão tinha acabado de casar e minha mãe estava ajudando na mudança. Como eu era pequeno, fiquei soltando pipa em uma varanda. Na hora de ir embora, a cafifa agarrou no fio e sabe como é criança, tinha que tirá-la de lá. Nisso, peguei o ferro da cortina e toquei no fio sofrendo a descarga elétrica”, explicou Paulo. A força do impacto foi tão grande que Kotoko chegou a ser dado como morto pelo próprio irmão, que não conseguia notar seus batimentos cardíacos. Sem controle dos sentidos, Paulo ficou cerca de nove meses internado, quando foi dada a notícia da amputação. “Na época, não entendia bem o que era amputação. Os médicos falaram primeiro para minha mãe e ela caiu em prantos. Isso aconteceu no Pronto Socorro de São Gonçalo, onde passei três dias sem poder ser transferido, senão morreria no caminho. Depois fui levado para o Hospital Souza Aguiar, no Rio, onde fiquei nove meses em recuperação”, contou.

O fato, apesar de grave, não tirou a vontade de Paulo de continuar seguindo sua vida, dentro de novas possibilidades. “No primeiro dia que eu estava em casa, já estava bem. Estava aceitando tudo numa boa. Eu coloquei na cabeça que para vencer, teria de me sentir um vencedor. Aprendi a andar com tênis virado para trás e assim fui me readaptando”, disse.

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