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Idosa morre à espera de cirurgia

Familiares de comerciante vão processar o estado por negligência em hospital de Niterói

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de novembro de 2016 - 10:00
Vera Lúcia deu entrada com fratura no fêmur no Hospital Azevedo Lima e morreu três dias depois
Vera Lúcia deu entrada com fratura no fêmur no Hospital Azevedo Lima e morreu três dias depois -

Por Cyntia Fonseca

Três dias após dar entrada com uma fratura no fêmur no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, a comerciante Vera Lúcia Figueiredo, de 68 anos, morreu na unidade hospitalar à espera de uma cirurgia. Familiares da idosa acusam o hospital de negligência e pretendem processar o estado.

“Ela estava a caminho da mercearia, onde trabalhava, quando tropeçou no calçadão da Praia de Icaraí e quebrou o fêmur. O socorro foi rápido, mas ao ser levada para o hospital o problema começou”, conta a psicóloga Patrícia Figueiredo, 47, filha da idosa.

Segundo a psicóloga, a mãe deu entrada na unidade por volta das 8h do dia 11 de outubro. Após ser medicada e ser submetida a uma tomografia, ela foi transferida para a sala verde da emergência, às 17h. Com muitas dores e sem possibilidade de locomoção, a ponto de precisar tomar banho no leito, foi constatada a necessidade de cirurgia. No dia seguinte, Patrícia procurou o setor psicossocial do hospital, temendo que a mãe tivesse uma crise de ansiedade. “Minha preocupação maior era que ela ficasse deprimida ou ansiosa, já que era bastante ativa e trabalhava todo dia das 7h às 22h”, relembra.

Para a realização da cirurgia, porém, era preciso a expedição do risco cirúrgico por um cardiologista. Já na tarde da quinta-feira, dia 13, a idosa começou a se sentir mal, apresentando quadro de taquicardia, pressão baixa e palidez. Ao procurar os médicos, Patrícia recebeu a informação de que a mãe seria transferida para a sala vermelha da emergência, onde teriam mais profissionais disponíveis para o tratamento. “Ela foi levada para a sala vermelha, fizeram exames e a mandaram retornar para a sala verde. Questionei sobre a cirurgia, e a médica veio com outro discurso, de que primeiro deveria estabilizá-la”, contou.

Na tarde da sexta-feira, a comerciante faleceu. No atestado de óbito a causa da morte consta como “indeterminada”. Até o fechamento desta edição, a secretaria de estado de Saúde não prestou esclarecimento sobre a morte da idosa.

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