Tubulação da Cedae rompe em Vila Lage

Por Marcela Freitas
Os bairros são diferentes, mas os problemas são os mesmos: vazamentos de água. A falta de manutenção na rede da Cedae provoca, diariamente, o desperdício de milhões de litros de água em São Gonçalo. Os problemas são evidenciados pelo rompimento, na noite de terça-feira, de uma adutora em Vila Lage. Na tarde de ontem, técnicos da companhia ainda tentavam controlar o vazamento para consertar o cano.
Por conta do vazamento, moradores ficaram sem água. “A água deixou de ser fornecida por conta do reparo. Sinto pena em ver todo esse desperdício. Em casa, tentamos economizar ao máximo, mas a Cedae não faz o mesmo”, reclamou a babá Patrícia Santos, de 26 anos.
O porteiro Paulo Roberto Dias, 36, disse que no momento do rompimento da tubulação achou que as casas da região seriam afetadas. “Ficamos preocupados. As ruas viraram um mar. Nosso receio era que as casas fossem alagadas. Mas Graças a Deus, não aconteceu”, afirmou.
O rompimento em Vila Lage não é um caso isolado. Há um mês, moradores da Rua 13 de Março, no Antonina, convivem com a escassez e o desperdício. “O governo do Estado está fazendo uma obra de despoluição da Baía de Guanabara e, por conta disso, o asfalto foi removido. Com a passagem de caminhões, a tubulação foi danificada”, disse a dona de casa Wanda Nascimento, 50.
O vidraceiro Flavio Rodrigues, 36, está sem água desde que começou o vazamento. “A água não tem pressão para chegar na caixa. Entramos em contato com a empresa da obra e eles alegam ser um problema da Cedae que, por sua vez, não responde às nossas solicitações”, afirmou.
No Colubandê, também falta água e sobra vazamento. Moradores da Estrada do Malafaia com Rua Alberto Silva contam que o vazamento já tem mais de três meses. “Há dias em que a rua vira uma lagoa de tanta água. Já presenciamos várias pessoas caindo”, contou o padeiro Marcelo Lima, 27.
O comerciante Daniel dos Santos, 33, disse que a falta de água é constante. “Convivemos com escassez de água. Toda vez que solicitamos a presença da Cedae, eles vêm, colocam uma estaca onde há o furo e vão embora. Ao ligar a manobra na região, a água volta a ser desperdiçada”, reclamou.
A assessoria de imprensa da Cedae informou que equipes irão aos locais informados para verificar e providenciar os reparos.