Acompanhante é impedida de ficar e hospital por não usar calça comprida

Por Sany Medeiros e Leticia Lopes
A dona de casa Teresa Cristina, de 39 anos, foi proibida, no último domingo, de continuar acompanhando o marido no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, em São Gonçalo, por não usar calça comprida. Internado desde a última terça-feira (11), Luis Antônio Santos, 69, quebrou o fêmur em dois lugares e está sozinho na unidade. Ele ainda não passou por cirurgia e não há previsão. Na última sexta-feira, Teresa viu um aviso no Heat dizendo que os acompanhantes deveriam usar calça comprida, camisa e tênis. Obesa e com problemas de locomoção, ela ligou para a mãe pedindo que providenciasse a peça de roupa, mas não conseguiu uma que coubesse.
No domingo, um supervisor, segundo Teresa, de maneira muito ignorante, a proibiu de permanecer com o marido e chamou a segurança. Teresa também denuncia as condições do hospital. Segundo ela, faltam ataduras, papel higiênico e outros materiais, além de não haver ar condicionado no quarto que Luís divide com mais cinco pacientes.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde informou que, por questões de saúde e segurança, todo acompanhante que estiver dentro da área de risco de contaminação biológica, é orientado pela equipe de Serviço Social sobre a necessidade de se adequar às normas que incluem, entre outras diretrizes, o uso de calça comprida de tecido resistente, blusa de manga comprida, sapato completamente fechado e ausência de adornos. Quanto ao caso da senhora Teresa, a direção esclarece que não procede a informação de que ela foi expulsa.