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A ‘bancada’ da segurança defende amplas melhorias

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de outubro de 2016 - 15:49
Imagem ilustrativa da imagem A ‘bancada’ da segurança  defende amplas melhorias

Por Thiago Soares

O resultado das eleições para a Câmara de Itaboraí pode demonstrar uma busca da população por mais segurança. Pelo menos, é isso que a profissão de 33,3% dos novos parlamentares deixa transparecer. Cinco dos 15 vereadores do próximo quadriênio (2017 - 2020) atuam ou atuaram na forças de segurança do Estado do Rio. Na Polícia Militar estão Rogério Filgueiras (PTC), Paulo Ney (PTB) e Renato Garcia (PRTB), já na Civil, Marcelo Lopes (PSD) é o representante. Há ainda o militar reformado Paulo Alves (PP).

No entanto, a questão da segurança pública, apesar de ser considerada importante para os candidatos, não é fator primordial para a entrada deles na política. Eleito com 1.245 votos, o novo vereador Renato Garcia, de 39 anos, afirmou que pretende ver uma Itaboraí melhor de forma geral, e acredita que esse seja o fator mais importante, também, para seus novos colegas de Câmara.

“Não acredito que a entrada de policiais tenha a ver somente com a segurança. Antes de ser da polícia, somos cidadãos. Estamos vendo um município abandonado e queremos mudar isso. A nossa Câmara dos vereadores está paralisada e queremos parlamentares atuantes, talvez seja um dos motivos da nossa entrada na política”, disse. Outro que não atribui o número de policiais eleitos ao setor da segurança é o candidato eleito Rogério Filgueiras, de 40 anos. Para ele, a melhora de qualidade de vida em Itaboraí é o desejo dos novos vereadores. “A maioria de nós quer uma melhoria do município de forma geral. Eu mesmo vou lutar por melhores condições de nossa saúde, educação e também a segurança”, afirmou o futuro parlamentar. O militar aposentado eleito com 1.741, Paulo Alves, de 57 anos, preferiu não generalizar e falou especificamente sobre a sua entrada na política. Ele lembrou de sua passagem pela saúde pública de Itaboraí e disse que uma melhor segurança passa por uma boa educação. “Não posso falar dos novos colegas de Câmara, mas por mim. Eu trabalhei 12 anos em hospitais e neste tempo, fiz um trabalho totalmente diferenciado. Acredito que isso tudo me deu espaço na política. Quando eu ainda era da PM, meu trabalho era mais social do que policial. Acredito que fazer segurança não é só colocar mais policiais na rua, mas sim educar a população. A educação é a base de tudo que queremos melhorar”, afirmou Paulo, que dedicou 30 anos à Polícia. Eleito com 1.894 votos, Paulo Ney (PTB), de 39 anos, também falou sobre a importância da segurança, mas apontou outros setores como prioridade. De acordo o PM, lotado na Corregedoria da corporação, Itaboraí precisa evoluir na saúde pública.

“Nosso mandato abrange todos os setores, e não alguma específica. A segurança está sim, entre as prioridades, mas precisamos lutar pela nossa saúde, que atualmente inexiste em nosso município. Hoje, coloco a saúde, educação e a segurança como prioridades”, afirmou o policial.

Seguindo a mesma linha dos militares, o policial civil Marcelo Lopes, eleito para seu terceiro mandato, não consecutivo, com 1.684 votos, também desconsidera o fator segurança para a eleição de tantos policiais ao cargo de vereador de Itaboraí. Para ele, a insatisfação com os atuais parlamentares é a grande responsável por esta renovação. “Não vejo essa procura por segurança não. Até porque temos problemas em diversos setores, como saúde e educação. A população quer extirpar os atuais políticos que nada fazem e isso acaba abrindo espaço para novas pessoas. Essa mudança é uma escolha da população”, finalizou.

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