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Artistas em marcha pela música

Grupo Mais Música São Gonçalo realiza evento com saída da Praça do Zé Garoto, no dia 24

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de agosto de 2016 - 12:00
Grupo Mais Música São Gonçalo realiza evento com saída da Praça do Zé Garoto, no dia 24
Grupo Mais Música São Gonçalo realiza evento com saída da Praça do Zé Garoto, no dia 24 -

Por Marcela Freitas

Um grupo de artistas gonçalenses criou um movimento diferente para valorizar a classe e ampliar as condições de trabalho. O grupo Mais Música São Gonçalo promoverá a primeira marcha pelas ruas da cidade para chamar atenção da opinião pública e dar visibilidade aos artistas. Esta é a primeira marcha do gênero e a ideia do movimento é ser uma célula para que artistas de outras regiões cobrem também seus direitos garantidos por lei. A marcha acontece, no próximo dia 24 de agosto, e o ponto de concentração será na Praça do Zé Garoto, às 16h, com destino a sede do governo municipal.

De acordo com o presidente do grupo, Telles Henrique, 400 artistas da cidade estão ligados ao movimento, que reivindica ações para a classe. Entre elas, a execução da Lei 124 de 2013, que prevê a prioridade em contratação de artistas para apresentações no município; criação de uma escola de música ou a realocação da Escola Pixinguinha; criação de uma gravadora pública; criação do festival da canção; criação da virada São Gonçalo aos moldes da virada de São Paulo; convênio com estúdios e o cumprimento da lei federal 11769/13, que institui a música como grade obrigatória na grade curricular.

“Os artistas gonçalenses estão esquecidos. Nosso movimento prioriza a valorização da classe artística. Tentamos ser ouvidos pelo Executivo. Queremos uma audiência na Câmara de Vereadores para transmitir a nossa proposta. Essa será a primeira marcha e espero que, com ela, muitas outras surjam no Brasil. É preciso que se crie uma lei municipal de incentivo ao investimento no segmento musical. São Gonçalo é um celeiro de artistas e a oportunidade não nos é oferecida”, disse Telles.

Dificuldades - De acordo com os artistas gonçalenses, a maior dificuldade hoje é viver da música. Porteiro de uma escola, Marllon Jefferson, do grupo Outra Metade, é apaixonado por música, mas ainda não consegue viver do ofício.

“Sobreviver da música é o nosso maior desafio. Por isso, temos duplas jornadas. Muitas vezes, chego de manhã de algum show em casa, tomo banho e vou para a escola. Falta incentivo e melhorias para a classe”, afirmou Marllon.

Este também é o desafio da cantora Helena Kimer, que trabalha como recepcionista em um buffet. “Meu sonho é viver da música. Para mim, isso não é uma utopia. Eu acredito que irei conseguir”, contou Helena.

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