Hoje é dia de rock, bebê!

Muitos solos de guitarra e acordes pesados de baixo estão embalando a comemoração do Dia Mundial do Rock, hoje, em todo o país. Desde 1990, o dia 13 de julho é o marco principal do gênero, que se tornou uma das maiores desculpas para reacender a cena "underground". Inclusive, no último sábado, um bar especialmente dedicado às grandes lendas do rock foi inaugurado na Trindade para propagar ainda mais a cultura independente em São Gonçalo.

O Rock'n Beer, idealizado pelo 'rockeiro' Wilson Júnior, de 30 anos, na companhia dos sócios Geraldo Paranhos e Marcos Rosa, foi criado para se tornar uma das principais referências do gênero na cidade. Vocalista de uma banda de metal, a Ignus, Júnior acredita que a "cena" sobrevive mesmo depois de tantos anos.

"Desde muito jovem acompanho a cena. Em São Gonçalo, as pessoas que gostam de curtir um rock'n roll de qualidade não tem muita opção. Com o fim do moto clube Orks MC, que existia nessa loja, decidimos criar o barzinho para ser o point de rock na cidade", contou Júnior, acrescentando que o estabelecimento funciona de quarta à domingo e fica na Rua Pelotas, 417.

História - O Dia Mundial do Rock foi criado para homenagear o "Live Aid", megaevento do gênero que aconteceu no dia 13 de julho de 1985. Entre os artistas que participaram do festival na época, destacam-se Paul McCartney, Elton John, Mick Jagger, Queen e David Bowie.

Além disso, acabou coincidindo com a data de formação do grupo Rolling Stones, em 1962. Apesar de o nome conter a palavra "mundial", o dia 13 é comemorado apenas no Brasil e começou a valer no ano de 1990.

A cena independente do rock'n'roll é um pouco mais difundida em Niterói, apesar de os niteroienses esbarrarem no mesmo problema dos roqueiros de São Gonçalo: espaços restritos para o gênero. Mas, na contramão das barreiras, bandas locais ganham destaque no cenário nacional. 

Entre os representantes em destaque da cena 'rockeira' de Niterói estão as bandas Kapitu e Facção Caipira. A primeira foi formada em 2008, por ex-alunos do tradicional Instituto Abel, em Icaraí. Já a Facção nasceu um ano depois e incorpora nas suas canções instrumentos mais experimentais, como a gaita.

Para o vocalista e guitarrista da Kapitu, Yuri Corbal, de 27 anos, a cena em Niterói hoje ainda é independente por conta da falta de incentivo em espaços na cidade. No entanto, salienta que tem surgido novos talentos no município, que engrandecem e renovam o cenário niteroiense.

"Muitas bandas que começaram na mesma época que a gente pararam no caminho, mas nós continuamos em frente. Novos talentos estão surgindo agora e tomando nosso som como referência. Isso ajuda a cena a crescer, porém ainda é difícil conseguir espaços para tocar pela cidade", declarou.