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“Informação é poder”: palestra do MMSG alerta mulheres sobre prevenção do câncer ginecológico

Especialista do INCA, doutora Maria Luiza Vidal, conduziu roda de conversa sobre sinais de alerta, diagnóstico precoce e práticas de autocuidado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de outubro de 2025 - 21:12
O encontro reuniu cerca de 50 participantes e foi conduzido pela mestre e doutora em Ciências da Saúde, Maria Luiza Bernardo Vidal
O encontro reuniu cerca de 50 participantes e foi conduzido pela mestre e doutora em Ciências da Saúde, Maria Luiza Bernardo Vidal -

O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) e o Projeto NEACA Tecendo Redes, que conta com a parceria da Petrobras, promoveram, na terça-feira (21/10), no auditório da instituição, no bairro Zé Garoto (SG), a palestra “Autocuidado e Detecção do Câncer Ginecológico”, em alusão à Campanha Outubro Rosa sobre a prevenção ao câncer de mama.

O encontro reuniu cerca de 50 participantes e foi conduzido pela mestre e doutora em Ciências da Saúde Maria Luiza Bernardo Vidal, especialista em Enfermagem Oncológica do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

A atividade integrou as ações do MMSG voltadas à promoção da saúde da mulher e à conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças ginecológicas e oncológicas. Realizada em formato de roda de conversa, a palestra permitiu uma rica troca de experiências: dezenas de perguntas e dúvidas sobre prevenção e tratamento foram respondidas pela especialista, que reforçou a necessidade de ampliar o acesso à informação e aos serviços de saúde, especialmente entre mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Ao final do evento, as participantes receberam certificados de presença e participaram de um coquetel de confraternização oferecido pelas associadas do MMSG.

Sinais de alerta e importância da prevenção

Durante sua apresentação, a doutora Maria Luiza Vidal destacou práticas de autocuidado, fatores de risco e medidas preventivas que podem salvar vidas.

“Meu objetivo aqui foi orientar e alertar sobre a importância do autocuidado e das necessidades básicas das mulheres para se protegerem de doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer. A doença pode atingir não só a mama, mas também o útero, o endométrio, a vulva e o ovário. É essencial saber como prevenir e diagnosticar precocemente, pois o diagnóstico inicial garante um tratamento mais efetivo”, explicou a doutora.

“Fiquei muito feliz com a participação do público, que trouxe questões importantes e ajudou a esclarecer diversas dúvidas”, completou.

Brasil deve registrar mais de 73 mil casos de câncer de mama em 2025

Segundo dados do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), divulgados no relatório “Controle do Câncer de Mama no Brasil” (publicado em 3 de outubro), o país deve registrar 73.610 novos casos de câncer de mama em 2025.

Em 2023, foram contabilizados mais de 20 mil óbitos, com maior concentração nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. O estudo aponta Santa Catarina como o estado com a maior taxa ajustada do país — 74,79 casos por 100 mil mulheres.

O relatório também mostra uma tendência de redução da mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos, reforçando a importância do diagnóstico precoce. Em 2024, o SUS realizou 4,4 milhões de mamografias, sendo 2,6 milhões em mulheres da faixa etária prioritária (50 a 74 anos).

Participantes receberam certificados de presença e estiveram em um coquetel de confraternização
Participantes receberam certificados de presença e estiveram em um coquetel de confraternização |  Foto: Divulgação

“Informação é poder”

Para a gestora e coordenadora do MMSG, Marisa Chaves, a palestra foi um momento essencial de aprendizado e fortalecimento coletivo.

“Sempre digo que informação é poder. Fico orgulhosa quando organizamos uma palestra com uma temática de tamanha relevância e com uma palestrante tão competente como a doutora Maria Luiza Vidal, que é moradora de São Gonçalo e conhece de perto os desafios das políticas públicas de saúde para as mulheres. Autocuidado, prevenção e autoestima são fundamentais na luta contra as doenças ginecológicas”, destacou Marisa.

Há 36 anos em defesa dos Direitos Humanos

Fundado em 1989, o Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) é uma entidade da sociedade civil sem fins lucrativos que atua há 36 anos na defesa dos direitos humanos e no enfrentamento a todas as formas de preconceito e discriminação — de gênero, raça, etnia, classe social, orientação sexual, credo e geração.

A instituição trabalha em defesa dos direitos de crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosas, especialmente aquelas que vivenciam situações de violência doméstica ou sexual ou que vivem com HIV/AIDS.

O Projeto NEACA Tecendo Redes, iniciado em 2024, com a parceria da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, atende demandas relativas às violências domésticas e/ou sexuais e também atua em apoio a outros projetos para capacitação de jovens em situação de vulnerabilidade social. O projeto já abrangia os municípios de São Gonçalo e Itaboraí, e agora chega a Duque de Caxias com o objetivo contribuir para a promoção, prevenção e garantia dos direitos humanos de mulheres, crianças, adolescentes e jovens (até 29 anos).

Serviço

MMSG (São Gonçalo) – Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto

(21) 2606-5003 / (21) 98464-2179

Atendimento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

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