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Alunos do Pandiá só saem com ‘visita’ de Oficial de Justiça

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 03 de junho de 2016 - 11:00
 Estudantes prometem ficar na unidade de ensino até que Oficial de Justiça entregue intimação
Estudantes prometem ficar na unidade de ensino até que Oficial de Justiça entregue intimação -

Apesar da decisão da 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, que prevê o retorno imediato das aulas nas escolas da rede estadual que estão ocupadas, alunos do Colégio Estadual Pandiá Calógeras, em Alcântara, São Gonçalo, estão resistentes à determinação, que prevê a desocupação da entrada, circulação e salas de aula.

A juíza Gloria Heloiza Lima da Silva determinou que a entrada fosse desocupada para o retorno das aulas em todas os colégios, ontem pela manhã. Ainda segundo a ordem, o movimento de ocupação poderá continuar nas escolas, mas usando apenas o pátio e quadra de esportes.

A decisão foi recebida com resistência pelos alunos do Pandiá, que afixaram novas placas nos portões. Alunos da unidade, que não quiseram se identificar, disseram que antes da visita do Oficial de Justiça, nada poderá ser discutido. “Estamos conversando com o movimento para saber o que será decidido. Enquanto isso, continuaremos aqui, à espera do Oficial de Justiça”, disse um dos líderes da ocupação. No Colégio Nilo Peçanha, no Zé Garoto, os alunos disseram que a escola só será deixada em definitivo na segunda-feira, quando as aulas devem ser retomadas. “Estamos aqui para formar cidadãos e vamos acatar a ordem judicial. Estamos liberando os espaços, que estão passando por limpeza para retorno dos alunos. Saímos daqui mais fortes e com vitórias para nossa escola”, disse o estudante do 2º ano, Luiz Carlos Silva Souza, de 18 anos. No Instituto de Educação Clélia Nanci, na Brasilândia, os alunos também concordaram com a desocupação. “Já tínhamos decidido, internamente, deixar a escola na segunda. São 50 dias de luta. Consideramos o movimento vitorioso. Essa decisão não foi vista como uma derrota. O secretário (Wagner Victer) se comprometeu conosco e vamos aguardar a publicação das decisões em Diário Oficial. Caso não ocorra, o movimento ocupará novamente as escolas. Essa instituição nunca mais será a mesma”, explicou o ex-aluno, Lincoln Consenza, representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

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