Cai retábulo do século XVIII da Paróquia São Gonçalo
Foi encontrada grande quantidade de cupim nas peças que desprenderam
min de leitura | Escrito por Redação | 01 de junho de 2024 - 08:28
Nesta sexta-feira (31), caiu uma das colunas ornamentais do retábulo datado do século XVIII da Paróquia São Gonçalo de Amarante. O acidente ocorreu antes da Santa Missa semanal e ninguém se feriu.
De acordo com o padre André Luís, a necessidade de intervenção é urgente, pois foi encontrada uma grande quantidade de cupim nas peças que se desprenderam.
“Há dois anos realizamos um orçamento para essa obra, cuja estimativa passava de um milhão de reais”, relata.
Na década de 70, os altares laterais foram retirados devido a uma outra infestação de cupim. Estes, nunca foram recuperados. Atualmente, a paróquia realiza uma campanha de arrecadação para a restauração da fachada da Igreja, que também possui problemas estruturais. A estimativa de custo desta obra é de R$1,7 milhão.
Nos últimos dez anos, muitas obras foram realizadas na Paróquia: troca do telhado da Igreja, impermeabilizações, troca da rede elétrica e hidráulica, diferentes tipos de reforços estruturais, recolocação de ladrilho hidráulico, emboço, pintura e muitas outras intervenções, onde já foram investidos mais de R$5 milhões, sem nenhum apoio externo, somente com o esforço dos paroquianos.
A funcionária da paróquia, Jane Lima, estava no momento da queda, e enquanto arrumava a credência escutou um barulho vindo do retábulo.
“Depois que ouvi o ruído vi alguns pedaços de madeira em cima da mesa e fui retirar. Logo depois que chamei uma paroquiana para ver o que aconteceu caiu tudo. Graças a Deus corremos e estamos bem”, contou a sacristã. A Paróquia São Gonçalo retirou e guardou o material que caiu para ser utilizado como referência por uma equipe técnica, visando a reconstrução do retábulo.
O padre André ressalta que como muitas Igrejas antigas, com diversas obras de arte, a Igreja Matriz de São Gonçalo, a primeira paróquia fora da Capital do Rio, sente dificuldades em manter o patrimônio histórico conservado sem nenhum apoio externo.
“A necessidade de intervenção é urgente, assim como a manutenção deste templo que é tão importante não só para a Igreja, como também para toda a nossa cidade.”