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Estado e MPRJ se unem para identificar responsáveis pela contaminação do Sistema Imunana-Laranjal

Durante encontro, força-tarefa estadual recebe adesão do MPRJ, que vai acompanhar e colaborar com as investigações do crime ambiental

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de abril de 2024 - 19:05
A investigação policial foi iniciada imediatamente após a confirmação da contaminação, em inquérito aberto pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA)
A investigação policial foi iniciada imediatamente após a confirmação da contaminação, em inquérito aberto pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) -

A força-tarefa montada pelo Governo do RJ para solucionar os danos causados pela contaminação de tolueno que paralisou o sistema Imunana-Laranjal de abastecimento de água ganhou reforço do Ministério Público do Estado. O órgão de controle passa a acompanhar as ações e as investigações por meio do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE). A força-tarefa foi criada por determinação do governador Cláudio Castro e conta com representantes das secretarias de Estado do Ambiente, de Polícia Civil e de Polícia Militar, além do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Cedae.

"O trabalho integrado com o MPRJ é um passo importante que soma à força-tarefa um qualificador. Essa parceria agiliza as respostas à população fluminense. Nossas equipes estão empenhadas na identificação dos responsáveis, que serão punidos exemplarmente. A conversa com os promotores foi muito positiva e essa integração dos trabalhos é um auxilio muito bem-vindo", destaca o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.


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A reunião de integração do MP com a força-tarefa contou com a presença de Rossi, do presidente do Inea, Renato Bussiere, e do presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon. A contaminação por tolueno foi identificada na última quarta-feira, dia 3 de abril, suspendendo as operações da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sistema Imunana-Laranjal, que só foi retomada às 22h42 de sexta-feira. Equipes do Inea já coletaram mais de 170 amostras de água, em mais de 50 pontos dos terrenos às margens do Rio Guapiaçu, onde foi identificado o derramamento do contaminante.

A investigação policial foi iniciada imediatamente após a confirmação da contaminação, em inquérito aberto pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). Até o momento, oito representantes de 16 empresas que funcionam na região e que podem ter utilizado tolueno em suas atividades foram ouvidos pelos investigadores, que também cumpriram mandados de busca nas sedes dessas firmas.

Abastecimento é prioridade

A manutenção do abastecimento de água para a população de Niterói, São Gonçalo, parte de Maricá, Itaboraí e da Ilha de Paquetá segue como a prioridade do Governo do Estado, que também trabalha intensamente para reduzir a quantidade de poluente na água do manancial. Na ETA Imunana-Laranjal, a água tratada tem índice zero de tolueno.

O coordenador dos trabalhos no Ministério Público, promotor Thiago Veras, destaca que o MPRJ atua no Grupo de Trabalho Temporário da área ambiental junto com promotores da região, Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, Inea, Petrobras e Concessionárias.

"Nossos objetivos neste momento são: evitar novos desabastecimentos, desde que garantida a qualidade da água e chegar à causa da poluição para fins de responsabilização do poluidor em todas as esferas", pontua o promotor Thiago Veras, que na reunião estava acompanhado pelos também promotores Alexandre Maximino e Gisela Pequeno e técnicos do GATE.

Ainda entre as ações que vêm sendo debatidas pelo MPRJ, pela Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade e pelo Inea está o alinhamento de estratégias de restauração florestal, reduzindo os impactos de eventos como a contaminação por tolueno e incrementando a segurança da água, visando qualidade e aumento na quantidade do recurso na região.

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