Ministério Público denuncia mulher por morte da filha de sete meses em Nova Iguaçu
Acusada teria matado a própria filha ao desobedecer ordem médica e amamentar a criança que estava internada
O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou por homicídio qualificado, nesta quarta-feira (24), uma mulher suspeita pela morte da própria filha bebê em Nova Iguaçu. A queixa foi levada à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu pela 1ª Promotoria de Justiça.
De acordo com a denúncia, a acusada teria matado a própria filha, de apenas sete meses, ao desobedecer ordem médica e amamentar a criança, que estava internada com quadro de insuficiência respiratória, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.
A denunciada também teria deixado o local sem o consentimento da equipe médica, o que agravou o estado de saúde da bebê e ocasionou sua morte por asfixia por broncoaspiração.
Segundo a acusação, no dia 19 de abril, a mãe teria, de forma consciente e voluntária, ignorado as determinações médicas de não amamentar a criança, que encontrava-se internada na sala amarela da unidade de saúde, "assumindo o risco e descumprindo seu dever legal de cuidado, proteção e vigilância".
Ao saber do ocorrido, o médico que atendeu a bebê teria ido orientar a mãe a não amamentar a menina, pois isso poderia agravar o estado de saúde da sua filha, o que teria sido descumprido pela denunciada e teria causado a morte da criança.
A acusada, porém, teria passado a debochar do profissional de saúde, dizendo que iria contrariar a determinação médica e amamentar sua filha. Enquanto a equipe médica notificava a administração da UPA para que fossem acionados a Polícia Militar e o Conselho Tutelar, a mãe, embora informada de não seria possível levar a vítima do local em estado crítico, teria começado uma discussão com os médicos e deixado a UPA com a criança.
Minutos depois, o tio da bebê teria voltado ao pronto atendimento com a bebê, que passou a receber tratamento mas, logo a seguir, apresentou broncoaspiração, teve uma parada cardiorrespiratória e morreu.
A denúncia ressalta que o crime, além de praticado por uma mãe menor de 14 anos, foi cometido por meio que impossibilitou a defesa da vítima.