Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1551 | Euro R$ 5,5144
Search

Caso Kathlen Romeu: PMs negam acusação de fraude processual

Cinco policiais militares são acusados no processo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de maio de 2023 - 15:21
Kathlen tinha 24 anos e estava grávida quando foi morta
Kathlen tinha 24 anos e estava grávida quando foi morta -

O juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanço, da Auditoria Militar do Rio, ouviu, na tarde desta terça-feira (23), os cinco policiais militares acusados de fraude processual na operação que terminou na morte da jovem Kathlen Romeu. Ela tinha 24 anos e estava grávida quando foi morta por um tiro no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, em julho de 2021.

O primeiro réu a prestar depoimento foi um capitão da PM. Ele disse que estava em patrulhamento de rotina na região, quando ouviu disparos de fogo e avistou dois policiais acenando para a viatura. De acordo com o capitão, os dois PMs informaram que havia uma moradora baleada. Ele afirmou que prestaram socorro à vítima e que, devido ao protesto dos moradores, não foi possível preservar o local do homicídio para perícia.  

Em seguida, um cabo contou que estava em patrulha no beco com outros dois policiais, quando foram surpreendidos por disparos de bandidos. O PM disse que revidou aos tiros e que, no final do beco, viu uma mulher caída no chão e uma senhora gritando, ao lado. Após o socorro à Katlhen, ele aponta que um sargento recolheu sacolas que foram abandonadas pelos bandidos na rua. Nessas bolsas, de acordo com o cabo, havia papelotes de maconha, cocaína e crack, carregadores de pistola e de fuzil e munições.  

Outro policial presente no beco, um cabo, admitiu que efetuou cinco disparos de fuzil durante a operação. Já o sargento falou que, devido à necessidade de sair do local rapidamente por pressão dos moradores, conseguiu pegar apenas parte das sacolas largadas na rua. Ele negou que tenha retirado objetos do chão.

No próximo dia 29, será realizada a audiência de instrução e julgamento dos acusados de atirar contra Kathlen, na 2ª Vara Criminal da Capital, em processo que apura a morte da jovem.  

Matérias Relacionadas