Acusada de furto de energia em salão no Mutuá tem dívida de meses com proprietários do imóvel
Casal esclarece que não tem qualquer envolvimento com crime detectado no espaço

A quarta-feira (17/05) deveria ser só mais um dia comum para o casal Geraldo e Gerusa Garcia, responsável pela gestão de imóveis em São Gonçalo. A manhã, porém, foi marcada por um susto para a dupla, depois que a inquilina de um de seus espaços foi presa por furto de energia no Mutuá.
Para piorar, conhecidos e outras pessoas que entraram em contato com a notícia chegaram a confundir e achar que os proprietários teriam passado por algum problema. "Nós, os proprietários, não temos nada a ver com isso, com esse furto. Eu sou síndico profissional, administro imóveis, minha esposa tem comércio. Isso pode manchar a nossa imagem. É constrangedor", desabafa Geraldo, que relata também ter sofrido com dívidas deixadas pela inquilina.

Segundo o relato do casal, a responsável por administrar o espaço deixou valores em débito desde assumiu o espaço, em 2019. Com eles, a acusada teria deixado de pagar parcelas do aluguel e teria seguido no imóvel mesmo depois de a data delimitada no acordo ter expirado.
"Ela já pagou muito aluguel com cheque sem fundo. O contrato dela venceu no ano passado. Ela está sem pagar e com o contrato vencido. E já pedi o imóvel", conta Gerusa. O estado em que os inquilinos deixaram o espaço é outra questão; segundo o casal, os últimos anos trouxeram mais marcas de danos materiais ao espaço. "Eles estão deteriorando o imóvel, o espaço está todo deteriorado", afirma o síndico.
Para além desse problema, ela estaria também com débitos em impostos desde que assumiu o imóvel. No caso da energia elétrica, o nome dela nunca constou como a titular. "No dia que alugamos o imóvel, não deu tempo de fazer a transferência para o nome dela. Só que ela pagou o mês de junho e em julho ela já não pagou. De julho para cá, é como se não tivesse inquilino lá. Ela tá usando a energia elétrica sem pagar desde 2019", explica Geraldo.
Os donos do imóvel chegaram a procurar a concessionária responsável pela energia no município, a Enel, para mostrar o contrato e notificar que o espaço estava sendo usado, mas não por eles. Foi só nesta segunda (16/07), no entanto, que a concessionária, com o apoio de policiais e peritos criminais, estiveram no local e realizaram a prisão.