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Noventa milhões de remédios comprados durante o governo Bolsonaro estão prestes a vencer

Lotes expiram até o final de julho e gestão atual tenta negociar a troca dos medicamentos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 01 de maio de 2023 - 15:42
Cerca de 1,4 bilhão de itens estão armazenados no centro de distribuição de saúde em Guarulhos
Cerca de 1,4 bilhão de itens estão armazenados no centro de distribuição de saúde em Guarulhos -

O Ministério da Saúde tem em estoque 90 milhões de remédios com prazo de validade até o final de julho. Comprados na gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os remédios com validade curta são receitados para HIV, vacinas, contraceptivos e medicamentos do chamado ‘’kit intubação’’. 

A equipe da ministra da saúde Nisia Trindade negocia a troca de parte dos remédios com a indústria. A lista dos itens do SUS estão armazenados na central de distribuição de saúde desde 2018, sob sigilo, e foi mantida dessa maneira pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A atual gestão tem encontrado dificuldades para repassar os medicamentos para estados e municípios. Através de dados, o ministério armazenava 4,5 milhões de comprimidos de darunavir, produto usado para o tratamento de HIV. Avaliado em R$ 26 milhões, o medicamento representa 20% de uma compra feita em 2020. A ministra atual, culpa o governo Bolsonaro pelo acúmulo de produtos com validade curta. Integrantes do ministério afirmam que as compras foram feitas sem planejamento. 

O ministério ainda guarda cerca de 7,1 milhões de frascos de imunizantes de diversas doenças, desses, 4 milhões da vacina meningocócica que protege crianças contra a meningite. Também vence até o fim de julho 10 milhões de unidades de sedativos utilizados no tratamento de pacientes intubados. 

O Ministério da Saúde, informou através de nota, que conseguiu evitar a perda de cerca de 775,3 mil unidades de medicamentos através de doações e entregas a unidades do SUS. Os medicamentos foram adquiridos em grande escala, com atraso, quando o sistema de saúde ficou desabastecido, no período da pandemia. 

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) afirmou não ter tido acesso ao estoque. 

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