Médicos que atenderam passista que teve braço amputado prestam depoimento nesta sexta
Cinco profissionais serão ouvidos pela Polícia Civil
Cinco médicos que atenderam a passista da Grande Rio que foi retirar miomas uterinos e teve seu braço amputado serão ouvidos pela Polícia Civil nesta sexta-feira (28).
Um dos profissionais a prestarem depoimento é o responsável pela amputação do braço esquerdo de Alessandra dos Santos Silva. Ele a atendeu no Instituto Estadual de Cardiologia Aloyzio de Castro (IECAC), no Humaitá, Zona Sul do Rio, para onde ela foi transferida já com o braço necrosado.
Para a passista que trabalha como trancista, ela teria sido vítima de erro médico no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quando deu entrada para a cirurgia de retirada de miomas. Alessandra acredita que o atendimento no segundo hospital salvou sua vida.
O médico responsável pela primeira cirurgia na passista, no Hospital da Mulher, prestou depoimento na última terça-feira (25). Segundo ele, não houve negligência em seu atendimento.
Nesta sexta, outros três médicos que atenderam a trancista no Heloneida Studart também serão ouvidos pela polícia, que investiga se houve negligência ou imperícia.
De acordo com a Fundação Saúde, que gerencia o Hospital da Mulher Heloneida Studart, a paciente teve uma hemorragia interna no pós-operatório, sendo necessário aplicar medicação para conter o sangramento, o que pode ter causado a complicação que levou à amputação do braço.
A Fundação também disse que a paciente foi estabilizada e transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC), que tem equipe de cirurgia vascular, e que instaurou uma sindicância para apurar a conduta médica e administrativa nas duas unidades de saúde que atenderam Alessandra.
O caso está sendo investigado pela 64ª DP (São João de Meriti).