Cesta básica cai no Rio, mas continua sendo quarta mais cara do País
Consumidores notam queda em alguns produtos da cesta
![Preço do óleo de soja diminuiu em todas as capitais analisadas por estudo](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/Artigo-Destaque/130000/1200x720/WhatsApp-Image-2023-04-12-at-112850-1_00133531_0-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F130000%2FWhatsApp-Image-2023-04-12-at-112850-1_00133531_0.jpg%3Fxid%3D519683%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1713808919&xid=519683)
Consumidores do Rio e Grande Rio já podem estar sentindo uma leve diferença no bolso durante as compras de alimentos nos mercados. Isso porque o Rio de Janeiro é uma das 13 capitais onde o valor da cesta básica caiu, segundo a pesquisa mensal realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta segunda-feira (10).
O estudo, com coleta de dados entre fevereiro e março de 2023, registrou uma queda de 1,39% no valor da cesta básica na capital fluminense. Em relação ao ano anterior, essa diminuição foi de 2,01%. Porém, mesmo com o decréscimo, o Rio possui a quarta cesta mais cara do País, em comparação com as 17 capitais analisadas pela pesquisa, com o preço de R$ 735,62.
A operadora de equipamento Eunice Gomes revela que sentiu uma grande variação nos preços dos produtos não perecíveis, com destaque para o óleo e o café.
"O óleo diminuiu bastante. Eu já cheguei a pagar dez reais em um litro de óleo, hoje eu já paguei seis reais. E o pó de café também já cheguei a pagar R$ 25 reais, hoje eu paguei R$ 16. Eu senti uma alívio no bolso, graças a Deus", afirma.
![Preço médio do café em pó recuou em 16 capitais](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/inline/130000/0x484/WhatsApp-Image-2023-04-12-at-112850_00133531_0.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2Finline%2F130000%2FWhatsApp-Image-2023-04-12-at-112850_00133531_0.jpg%3Fxid%3D519685&xid=519685)
O preço do óleo de soja diminuiu em todas as capitais entre fevereiro e março. Em 12 meses, todas as cidades apresentaram redução, com destaque para as diminuições em Campo Grande (-26,46%), Belo Horizonte (-25,41%) e Rio de Janeiro (-20,21%). A baixa demanda externa do grão e o avanço da colheita no Brasil foram os fatores que pressionaram o preço para baixo.
A pesquisa captou também um recuo no preço médio do café em pó em 16 capitais e a única alta foi registrada em Natal (0,20%). O valor do quilo da carne bovina de primeira também diminuiu em 12 capitais. Em 12 meses, 15 cidades mostraram recuo no preço médio. A suspensão das exportações para a China, pelo período de um mês, fez com que o valor da arroba caísse em março.
Já o custo do quilo do feijão subiu em 16 capitais. O tipo carioquinha apresentou alta em todas as cidades onde é pesquisado. O preço do tipo preto, coletado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, aumentou em quase todas as cidades, mas no Rio de Janeiro apresentou uma redução de 2,24%. A menor oferta do grão preto, na entressafra, explicou a alta no mês.
"Eu senti um aumento no custo do legumes, do leite e dos derivados, mas uma queda do arroz e do óleo, por exemplo. A gente passa a ter que substituir algumas coisas e a fazer um malabarismo para conseguir comprar tudo", diz a cabeleireira Vanessa Ferreira.
![O valor do quilo da carne bovina de primeira também diminuiu em 12 grandes cidades](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/inline/130000/0x484/WhatsApp-Image-2023-04-12-at-112849_00133531_1.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2Finline%2F130000%2FWhatsApp-Image-2023-04-12-at-112849_00133531_1.jpg%3Fxid%3D519686&xid=519686)
De acordo com estimativa do DIEESE, em março de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de de R$ 6.571,52, ou 5,05 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.