Acordo entre Governo do Rio e CCR Barcas traz alívio para usuários do meio de transporte
Para passageiros, travessia até o Rio seria caótica sem as barcas no dia a dia

A demora para a concretização de um acordo entre o Governo do Rio e a CCR Barcas, concessionária que administra o meio de transporte, trouxe preocupação para os moradores do "lado de cá" da Ponte Rio-Niterói. Mas desde a penúltima quinta-feira (2), quando a Justiça homologou o acerto entre as duas partes, trazendo alívio para os usuários do transporte aquaviário.
O acordo prevê a extensão da prestação de serviços pela concessionária por no mínimo doze meses, com possível prorrogação para até 24 meses. Os niteroienses e gonçalenses que precisam utilizar as barcas diariamente para a locomoção até a capital
O morador de Niterói, Felipe Coquito, de 41 anos, é ciclista e depende do transporte para chegar até o Rio, pois não consegue fazer a travessia pela Ponte. Sem a barca, ele ficaria sem saber o que fazer.
"É um serviço indispensável. Eu, por exemplo, dependo das barras, então é um alívio saber que a situação foi resolvida. Acredito que seria um caos o serviço parado, porque a gente sabe que o transporte urbano no Rio de Janeiro já está no limite, agora você imagina sem as barcas", afirma.

Os dados mais recentes indicam que cerca de 23 mil passageiros utilizam as barcas diariamente no trajeto Rio-Niterói, segundo cálculos do Instituto Pereira Passos - IPP. Já na linha Rio-Charitas, a média diária é de, aproximadamente, 700 pessoas diariamente. A falta deste meio de transporte atrapalharia a locomoção desses milhares de usuários.
"Eu moro em São Gonçalo, e para chegar do outro lado preciso usar diariamente o serviço das barcas. Caso parassem, eu teria que mudar todo o meu itinerário e precisaria sair ainda mais cedo de casa para chegar a tempo no trabalho", revela Carolina Soares, de 36 anos.
Confirmando a tendência de que há uma forte integração entre bicicleta e barca, o ciclista Marco Antônio Fernandes, de 50 anos, é mais um dos exemplos de usuários que dependem do meio para chegar ao emprego todos os dias.

"Se as barcas não funcionassem mais, provavelmente, eu teria que ir para o homeoffice. Não tenho como chegar ao Rio de bicicleta sem esse transporte. Mas eu acredito que não chegaria a esse ponto não, seria caótico".
Mas além do alívio para os usuários do serviço, a continuidade das Barcas marca também a conservação de centenas de empregos. Funcionários que, provavelmente, perderiam seus postos de trabalhos, agora respiram aliviados sabendo que não ficarão mais desempregados.