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Família morta em deslizamento no Engenho Pequeno é sepultada em SG

Pai, mãe e filha foram enterrados juntos no Cemitério Municipal de São Gonçalo

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 16 de fevereiro de 2023 - 19:09
As buscas pela família duraram mais de 53 horas
As buscas pela família duraram mais de 53 horas -

Foram sepultados, na tarde desta quinta-feira (16/02), os corpos da família encontrada morta após o deslizamento na Rua Adelino Ferreira Brasil, no Engenho Pequeno. Dezenas de amigos, vizinhos e familiares compareceram ao enterro, que aconteceu no Cemitério Municipal de São Gonçalo, no Camarão.

O velório começou por volta das 15h. Diversos moradores da região estiveram no local, bastante abalados, para prestar homenagem às vítimas. Agentes da Guarda Municipal e da operação Segurança Presente auxiliaram na organização do trânsito no trecho.

A maior parte dos familiares preferiu não falar com a imprensa. De acordo com relatos dos presentes, Rosilene Pereira Santiago, o marido Alan Santiago, de 45, e a filha Maite, de 4, foram enterrados juntos.

Ele estudou tanto, era um pai ótimo. Ela, a filhinha... Muito triste Cristiane da Silva
 

Cristiane da Silva, de 45 anos, prima de Alan, comentou a tristeza do momento. "Ele estudou tanto, era um pai ótimo. Ela, a filhinha... Muito triste. Morei quando era mais nova no Engenho Pequeno, com eles. Fui para lá com 6 anos de idade, morei até os 13 lá, sempre visitava e nunca vi nada parecido, nunca teve isso de o negócio desabar", contou a mulher.

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Mãe da cunhado de Rosilene, a aposentada Lea Coutinho, também lamentou o ocorrido. "É muito pesado, muito triste. Ainda mais uma morte dessas, a pessoa quatro dias soterrada. Dá uma pena, principalmente da garotinha", afirmou a idosa. 

As buscas pela família duraram mais de 53 horas. 

Além da família, outra mulher também foi morta pelo deslizamento na última segunda (13/02). Roseli de Castro, de 51 anos, era moradora da rua Antônio Félix da Silva, no mesmo bairro.

Essa chuva castigou muita gente. Onde moro, ali no Rocha, muita gente sofreu por muita coisa, muita família perdeu muita coisa Carla de Jesus
 

"Essa chuva castigou muita gente. Onde moro, ali no Rocha, muita gente sofreu por muita coisa, muita família perdeu muita coisa. A gente tem que orar, pedir muito a Deus, para que não aconteça de novo o que aconteceu hoje, ter que enterrar gente querida" comentou Carla de Jesus, de 55 anos, amiga de Roseli que também compareceu ao sepultamento. 

Carla fazia parte da mesma congregação frequentada pela família da vítima, a paróquia de São Judas Tadeu, no Rocha. Ela relatou que outros membros da comunidade e pessoas em geral que conheciam a família demoraram a acreditar quando receberam a notícia. "A gente ficou na esperança, até o último momento. Conhecia ela desde muito cedo. É triste demais", afirmou. 

Tanto a rua onde a família morava como trechos de outros endereços afetados pela chuva no Engenho Pequeno foram evacuados pela Defesa Civil no início da semana. Diversas residências na região seguem interditadas.

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