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Nova Zelândia será o primeiro país a cobrar taxa de imposto sobre o peido do gado

O governo está trabalhando para criar uma estrutura de precificação de carbono que reflita o impacto ambiental das emissões bovinas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de fevereiro de 2023 - 14:39
Inicialmente, serão cobrados percentuais sobre a produção, mas essa medida poderá ser alterada ao longo do tempo
Inicialmente, serão cobrados percentuais sobre a produção, mas essa medida poderá ser alterada ao longo do tempo -

A Nova Zelândia planeja tornar-se o primeiro país a cobrar uma taxa de carbono sobre os gases emitidos pelos animais. O governo está trabalhando para criar uma estrutura de precificação de carbono que reflita o impacto ambiental das emissões bovinas, e a receita gerada seria usada para financiar projetos climáticos no país.

Os gases emitidos pelas flatulências bovinas possuem elevada quantidade de gás metano, um potencial poluidor, causador do Efeito Estufa (GEE), sendo também um dos principais gases produzidos nas ações humanas, entre elas a pecuária, com as flatulências e arroto dos animais.

O objetivo do imposto de carbono sobre as emissões bovinas na Nova Zelândia é encorajar a adoção de práticas agropecuárias que reduzam ou direcionem as emissões. Essa iniciativa visa incentivar os agropecuaristas da Nova Zelândia a organizar a sua produção, plantar pastagens adequadas, nutricionalmente aos animais, alimentar melhor seus animais para limitar os gases inflamáveis ​​e adotar outras práticas ambientais responsáveis.

A discussão em torno das flatulências emitidas pelos animais, em especial os bovinos, é antiga. A criação de bovinos em grande escala, grandes fazendas, podem representar um potencial de poluição, pouco imaginado pelos seus criadores, mas cientistas do mundo inteiro já vêm alertando há muito tempo. 

O imposto de carbono adotado nesse país atualmente se aplica apenas às fazendas leiteiras. Empresas ou fazendas usadas para criação de gado para produção de carne e outras propriedades agrícolas não serão cobradas.

Esse primeiro momento, será crucial para se observar quais mudanças serão realizadas por parte dos produtores rurais. Depois disso, o governo   reduzir as taxas, bem como ampliá-las a outras atividades produtivas. 

O governo estima que a nova taxa de carbono arrecadará cerca de NZ$ 4 milhões por ano (moeda do país). Isso é insignificante comparado aos outros impostos sobre os produtores, mas a intenção é estabelecer um princípio para outras propriedades agrícolas e incentivar um crescimento sustentável à medida que o país se esforça para reduzir as emissões de gases com efeito estufa. 

Inicialmente, serão cobrados percentuais sobre a produção, mas essa medida poderá ser alterada ao longo do tempo. O principal objetivo da taxa não é arrecadação em si, mas reduzir as emissões de GEE para bater a meta global de redução das emissões de gases.

O dinheiro arrecadado pela taxa de carbono será distribuído para diversas iniciativas relacionadas à ideia central de influenciar as práticas dos produtores para serem mais “amigas” do meio ambiente. Isso incluirá benefícios para melhorias nos sistemas de produção, pesquisa de novas técnicas agrícolas e aumento da conscientização sobre o impacto das emissões de gases com efeito estufa.

*Com informações do portal Socientífica

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