Alunos desistem da carreira da Marinha e denunciam torturas e perseguição
As vítimas já registraram boletim de ocorrência contra a Escola Naval do Rio de Janeiro

Alunos do curso de adaptação da Escola Naval do Rio de Janeiro denunciaram abusos físicos e psicológicos cometidos pelos militares durante a primeira semana do curso. Duas vítimas desistiram de seguir a carreira de aspirantes da Marinha.
Os alunos relataram torturas e perseguição, sessões de exercícios físicos extenuantes e diminuição da comida por causa do peso.
Um outro aluno contou que sofreu abusos de superiores por causa do peso, que o obrigavam a beber 2 litros de água antes das refeições, além de comer menos que os outros. Por conta desses abusos, o aluno teve traumas psicológicos, pressão alta e algumas alterações de saúde comprovadas em exames.
Em resposta, a Escola Naval da Marinha disse que a preparação física serve para que os candidatos a aspirantes estejam aptos a cursar o primeiro ano e negou todas as denúncias. Ainda acrescentou que os exercícios físicos são sempre acompanhados por uma uti móvel e por uma equipe de médicos, enfermeiros, terapeutas e psicólogos.
Por último, A Marinha afirmou que não tolera qualquer prática contra a dignidade e integridade de seu pessoal.
O caso está sendo investigado pela 4ª DP da Praça da República e todos os envolvidos no caso serão ouvidos.