Vítima de acidente de moto no Fonseca segue em estado grave
Segundo especialista, motociclista precisam redobrar atenção ao posicionamento na pista para diminuir número de colisões
Continua em estado grave a mulher ferida em um acidente de trânsito no Fonseca, em Niterói, ocorrido no último dia 4 de janeiro. Monique Bezerra da Conceição segue internada no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), também no Fonseca, para onde foi levada no dia do acidente de moto.
A colisão que deixou Monique com ferimentos graves também foi responsável pela morte de seu namorado, Renan Araújo Vales, de 31 anos. O morador de São Gonçalo estava pilotando a moto, que acabou batendo de frente com um ônibus enquanto seguia na rua Benjamin Constant.
O caso segue a tendência de estatísticas divulgadas pelo Nittrans, que constatam as colisões como os principais tipos de acidente no município de Niterói. De acordo com o levantamento, entre janeiro e novembro do ano passado, foram 984 batidas, mais da metade dos acidentes no ano.
As motocicletas foram o segundo veículo mais comum em registros de acidentes de trânsito na cidade, segundo os dados, perdendo apenas para os automóveis. Para Égas Caparelli-Dáquer, neurologista e membro da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), uma das medidas que pode contribuir para diminuir os números de colisões com motos é redobrar a atenção para a posição ocupada na pista.
"A grande dica para os motociclistas é lembrá-las que o posicionamento delas na pista nem sempre é visível para o motorista. Você vê que aumentou muito o número de acidentes na medida em que as pessoas de moto passaram a atravessar entre as pistas, o que aumenta muito o risco", afirma o médico especialista em medicina de tráfego.
Égas destaca que o motociclista, assim como os motoristas de outros veículos e pedestres, precisam "pensar em adotar uma conduta defensiva" na hora de trafegar para ajudar a diminuir os números de acidentes, que tem voltado a crescer. A mesma pesquisa feita pela Nittrans no passado apontou um aumento de 313% no índice de acidentes em 2022.
"No mundo inteiro os acidentes de trânsito durante a pandemia diminuíram, e agora estão voltando, por motivos óbvios, e isso é uma coisa para a qual devemos estar atentos", comenta o médico.