Para evitar gravidez indesejada em 2023 : mitos e verdade sobre contraceptivos
Ginecologista esclarece dúvidas sobre os métodos mais populares

O sonho da maternidade não é uma certeza para todas as mulheres. Pelo contrário, é uma questão ainda considerada tabu na sociedade e para algumas mulheres, uma gravidez não planejada pode ser um verdadeiro pesadelo. Para esclarecer dúvidas sobre a eficácia dos métodos contraceptivos mais usados, a reportagem de O SÃO GONÇALO traz informações divulgadas pela Dra. Priscila Pyrrho, ginecologista com visão integrativa da mulher:
Segundo a especialista, o melhor método contraceptivo é, em primeiro lugar, o DIU não hormonal de cobre com prata, que tem duração de até 5 anos. Seu uso tem vários benefícios, pode ser usado por mulheres que ainda não tiveram filhos; não interfere nos hormônios; tem ação imediata; sua eficácia não é afetada por outros medicamentos; é de fácil adesão e não tem risco de esquecimento. Além de ter uma das melhores taxas de eficácia, não precisando de manutenção mensal.
Em segundo lugar, o DIU de cobre puro, que dura até 10 anos. Em terceiro, o DIU Kyleena e por último, o DIU Mirena, quando a paciente tem indicação.

A Priscila Pyrrho. explica que os métodos naturais como: o uso de camisinha (masculina e feminina ), o coito interrompido, a tabelinha e o método Billings são os menos seguros, pois têm as maiores taxas de falha , de 20 a 30%. Teoricamente, seriam os melhores, pois não interferem no funcionamento do organismo feminino.
Além dos DIUs, a médica indica às suas pacientes o uso do anel vaginal e o adesivo, indicando as pílulas como último recurso, pois têm estrogênio e progesterona que causam muitos efeitos colaterais. Dentre eles, o aparecimento de manchas, náuseas, sensibilidade das mamas, redução da libido, alterações de humor, dores de cabeça, alterações vasculares com maior risco de trombose, alterações no metabolismo da glicose e resistência insulínica, acne, inchaço e outros.
Priscila acrescenta que todo método que bloqueia os hormônios e impede a ovulação têm efeitos colaterais. "Alguns anticoncepcionais causam mais efeitos que outros. Varia de acordo com a dosagem, tipo de hormônio ou via de absorção. Os tipos de contraceptivos que atuam diretamente na corrente sanguínea ou que tem dosagens menores são os que causam menos efeitos colaterais. Já os anticoncepcionais orais de alta dose causam mais efeitos porque passam pelo fígado", completa.
Por fim, esclarece que a diferença entre contraceptivo oral e injetável é a via de administração, pois ambos têm o mesmo objetivo de bloquear a ovulação. As injeções, por serem mais espaçadas, costumam ter doses mais altas por mais tempo, para evitar que um óvulo seja liberado.
A reportagem destaca que alguns dos métodos citados não previnem a transmissão de doenças, portanto o conteúdo se atém apenas a modalidades de contracepção.