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Bebê de mãe autista foi entregue a abrigo sem autorização, segundo familiares

Eles afirmam não saber onde a criança está; hospital não se manifestou

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de novembro de 2022 - 19:20
Anna Beatriz Neves Machado em leito no HFB
Anna Beatriz Neves Machado em leito no HFB -

Familiares de Karolaine Nascimento Neves, de 28 anos, portadora da Transtorno do Espectro Autista (Tea), denunciaram na última sexta-feira (11), que o bebê dela, nascido há cerca de um mês, no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi entregue para um abrigo sem autorização prévia dela e está desaparecido.

Segundo a família de Karolaine, a criança, batizada como Anna Beatriz Neves Machado, não chegou a ser registrada devido a uma suposta identidade vencida de sua mãe, o que fez a unidade não disponibilizar a Declaração de Nascido Vivo (DNV). Então, foi pedido para que Karolaine solicitasse um novo documento, o que teria sido feito.

A irmã e tutora da mãe da criança, a vendedora Vanessa do Nascimento Neves, relatou como descobriu o desaparecimento da sobrinha. Ao site G1, do Globo, ela disse que hoje (12) completaria um mês da internação da irmã, que recebeu alta do hospital ontem (11), o que não foi comunicado à Vanessa, tutora.

"Eles (do hospital) pegaram e levaram a criança para um abrigo... Eles tinham o meu telefone e não me avisaram nada. Eles esperaram a acompanhante, que estava com ela nesse período, ir embora e fizeram isso sem comunicar ninguém. A minha irmã não estava lá sozinha. Ela tinha uma pessoa que acompanhava ela. Inclusive, o esposo dela dormia à noite. Eles deram alta para ela, sem me avisar, pegaram a criança e levaram para o abrigo. Não me falaram nada. Não sei onde a criança está", contou.

Os familiares foram até a 21ªDP (Bonsucesso) registrar um boletim de ocorrência contra o hospital, mas teriam sido impedidos de completar a ação. Segundo Vanessa, a família foi orientada a procurar a criança nos abrigos da cidade e que se não a encontrasse, fosse na Defensoria Pública. “A gente não sabe onde o bebê está. Como vamos sair procurando pelos abrigos?", questionou Vanessa.

Até o momento da reportagem, a direção do Hospital Federal de Bonsucesso não havia informado o que aconteceu. O G1 afirma que ambos o Hospital Federal de Bonsucesso e a Polícia Civil foram procurados para esclarecer o caso, mas não deram retorno.

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