Primeira audiência de militares da Marinha que assassinaram policial civil aconteceu nesta segunda (20)
O papiloscopista da Polícia Civil foi assassinado após solicitar a um dos acusados a devolução de itens furtados

O primeiro dia da audiência de instrução dos três militares da Marinha e do dono de um ferro-velho na Praça da Bandeira acusados de assassinar, em maio deste ano, o papiloscopista da Polícia Civil, Renato Couto de Mendonça, aos 41 anos, aconteceu nesta segunda-feira (19), no Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).
Segundo o Tribunal de Justiça, um dos acusados pelo caso, Lourival Ferreira de Lima, não esteve presente na audiência, pois a viatura que faria seu transporte da prisão até o tribunal apresentou problemas. Além de Lourival, outras testemunhas também não compareceram na audiência de instrução, onde são colhidos os depoimentos das partes e/ou testemunhas.
A irmã do policial morto, Débora Couto de Mendonça, de 38 anos, saiu da primeira audiência com um sentimento de revolta. Para ela, a sessão se tornou uma “grande peça de teatro”, onde a defesa dos acusados teria alegado que o próprio papiloscopista seria o culpado de sua morte.
Uma nova audiência será marcada para que a Justiça termine de recolher os depoimentos, mas até o momento, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, não definiu a data.
Relembre o caso
O policial civil Renato Couto de Mendonça, de 41 anos, foi morto em maio deste ano por três militares da Marinha e pelo dono de um ferro-velho na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio. Ele foi baleado, colocado em uma van e atirado de uma ponte no Arco Metropolitano, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.
Renato teria sido vítima de uma emboscada, após ter achado materiais dele no ferro-velho de um dos acusados, pedir a devolução e ser instruído a retornar ao local posteriormente para receber de volta suas peças furtadas.