Morre no Rio ex-advogada que participou de fraude histórica do INSS
Jorgina de Freitas integrou quadrilha que realizou fraude de 2 bilhões de reais nos anos 90

Morreu na última quarta-feira (20/07), no Rio, Jorgina de Freitas, conhecida por ter protagonizado a maior fraude da história do Instituo Nacional do Seguro Social, o INSS. A ex-advogada estava internada em Duque de Caxias, no Hospital Adão Pereira Nunes, desde dezembro do ano passado, em decorrência de um acidente de carro que sofreu no mesmo mês.
Jorgina foi condenada em 1992 por coordenar um esquema ilegal para desviar verbas da Previdência Social. Estima-se que a fraude tenha desviado cerca de 2 bilhões de reais, de acordo com a Advocacia-Geral da União. A advogada, que também era procuradora previdenciária, entrava na Justiça, junto de outros advogados, solicitando ações indenizatórias em nome de trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho. Os valores das indenizações eram submetidos a uma falsa correção para manipular as quantias envolvidas.
A procuradora cumpriu 12 anos de pena prisional e deixou a cadeia em 2010, no Rio de Janeiro. De 1992 a 1997, ela esteve foragida na Costa Rica, onde realizou cirurgias plásticas para não ser reconhecida. Foi extraditada de volta ao Brasil em 1998. Depois de conseguir liberdade em 2010 através de um alvará, Jorgina teria se mudado para Petrópolis, segundo pessoas próximas. O sepultamento de seu corpo acontece na tarde desta quinta (21/07) no município de Mesquita, na Baixada Fluminense