Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,5462 | Euro R$ 6,4097
Search

Entidades pedem fechamento do curso preparatório Alfacon; entenda!

Imagens que circulam na internet mostram professores do curso ensinando técnicas de tortura a seus alunos; dono do curso também é conhecido por falas polêmicas de incitação ao racismo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 31 de maio de 2022 - 14:56
Curso preparatório Alfacon para PRF é alvo de polêmicas
Curso preparatório Alfacon para PRF é alvo de polêmicas -

A Uneafro Brasil e o Instituto de Referência Negra Peregum entraram com uma ação no Ministério Público do Paraná (MPPR) pedindo o fechamento da AlfaCon, empresa que oferece curso preparatório para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outros órgãos públicos. O documento também pediu que todas as videoaulas do curso sejam excluídas de perfis vinculados ao curso nas plataformas digitais. 

De acordo com a ação protocolada no MPPR, a Alfacon é responsável por ensinar técnicas de tortura como as que mataram o Genivaldo de Jesus, a seus estudantes. O homem de 58 anos morreu na última quarta-feira (25), após agentes da instituição improvisarem uma câmara de gás lacrimogêneo no porta-malas da viatura e trancarem ele dentro. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o professor Ronaldo Bandeira ensinando a mesma prática, descrita pelo próprio como uma técnica de “tortura” aos alunos da Alfacon.

As entidades também pediram a investigação de Evandro Guedes, o dono da AlfaCon, pelos crimes de incitação ao crime e racismo. Guedes, que é ex-policial militar e pré-candidato ao Senado pelo PL do presidente Jair Bolsonaro, é conhecido pelas declarações racistas e violentas que dá em suas aulas.

“O desgraçado do favelado. É isso mesmo, feio para caralho, mijou na latinha de Coca-Cola e mandou, num calor desgraçado 4 e meia da tarde num domingo. Aquela p** bateu nas minhas costas e até hoje eu tenho uma raiva… E a latinha subiu e o xixi veio, chegou a entrar no meu nariz, fiquei todo mijado. P***, mijo de favelado, a p** dos favelados, a crioulada, todo mundo rindo. O capitão mandou bater em todo mundo. Foi o primeiro ato de execução de maldade e crueldade que eu fiz, p** que par**. Ali eu descobri que eu gosto de bater nas pessoas, e ponto. É uma coisa que eu gosto de fazer, e tive que me controlar por anos para não dar m***.”, disse ele em uma ocasião.

Matérias Relacionadas