Aumento no número de casos de gripe em crianças preocupa pais em SG
Segundo relatos, crianças lotam os hospitais com os sintomas

Nas últimas semanas, pais de crianças têm percebido uma lotação nos corredores de hospitais e unidades de saúde. Muitos dos pequenos gonçalenses estão com o nariz escorrendo, febre, tosse forte e diversos outros sintomas da gripe que acabam atrapalham o bem-estar deles, deixando os pais preocupados. A mudança no clima é um fator que contribui para essa situação, assim como a volta às aulas, quando as crianças voltam a interagir, compartilhando o mesmo espaço físico.
Vera Lúcia Moreira, de 33 anos, é uma das mães que têm passado as últimas semanas cuidando do pequeno Pedro, seu filho de 3 anos e meio que vem apresentando sintomas de gripe. Há duas semanas ele começou a ter uma tosse muito forte e coriza. Vera, que trabalha em uma área administrativa em uma empresa, resolveu levar o pequeno ao hospital, junto de seu marido, e o casal se deparou com a unidade de saúde cheia de crianças com os mesmos sintomas.
“Tivemos que levar ele em um segundo hospital. Esse primeiro que fomos era um particular e a emergência pediátrica estava cheia, com umas 40 crianças. Depois, levamos ele para o Hospital de Clínicas de São Gonçalo, onde ele foi atendido e o médico diagnosticou a tosse. Fizemos exame e desde então ele está tomando hoje três remédios: um pra tosse, outro para limpar a garganta e um terceiro, pois ele apresentou princípio de amigdalite. Estamos fazendo nebulização em casa também e ele apresentou uma melhora na febre. Ele ficou meio febril na segunda-feira (23)”, contou ela.

Marcela Silva, de 33 anos, também notou a situação quando levou seu filho Pedro, de 8 anos, em um hospital particular no município. Ela também estava com medo de ele ter gripe e o levou na unidade de saúde. Ela chegou ao local por volta das 19h30 e só conseguiu ser atendida 4 horas depois, por volta das 23h30, de tanto que a unidade estava lotada com crianças com os mesmos sintomas. "Ele não apresentou pneumonia nem nada do tipo, porém muitas crianças no local apresentavam casos de síndrome respiratória aguda", contou.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou que a média diária de casos de síndrome gripal foi de 358, dentre adultos e crianças, no início de maio, sendo o número de crianças a maioria. No entanto, esse número diminuiu na semana posterior.
“A média diária de atendimentos a casos de síndrome gripal na semana epidemiológica 18 (de 1º a 7 de maio) foi de 358 atendimentos, sendo 223 de pediatria e 135 de adultos. Já na semana epidemiológica 19 (de 8 a 14 de maio), a média foi de 334 atendimentos diários, sendo 221 para pediatria e 124 para adultos. O que aponta uma redução de 4% em relação à média móvel dos últimos 7 dias. Mais informações podem ser observadas e analisadas no Painel de Monitoramento da Covid-19 (https://painel.saude.rj.gov.br/monitoramento/covid19.html) através do panorama semanal”, disse a nota do Estado.
A Prefeitura Municipal de São Gonçalo também foi indagada sobre o número de casos no município, mas não respondeu até o momento.