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Militar condenado por tráfico internacional recebeu R$290,7 mil da FAB desde sua prisão

Ele foi preso em flagrante com 37kg de cocaína em um aeroporto na Espanha

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de maio de 2022 - 13:55
Manoel Silva Rodrigues, preso por tráfico internacional em 2019
Manoel Silva Rodrigues, preso por tráfico internacional em 2019 -

O ex-segundo-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Manoel Silva Rodrigues, recebeu R$290,7 mil das Forças Armadas desde que foi preso, com 37kg de cocaína, no aeroporto de Sevilha, na Espanha, em junho de 2019. As informações são do Metrópoles.

O ex-segundo-sargento condenado a 14 anos e 6 meses de prisão por tráfico internacional de drogas, integrava a comitiva de 21 militares que acompanhavam o presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua viagem a Tóquio, no Japão, para uma reunião do G20.

Rodrigues só foi excluído das fileiras da aeronáutica em definitivo na última quinta-feira (12). Durante estes quase três anos desde sua prisão em flagrante, ele continuou recebendo seu salário, que subiu de R$ 7.298 para R$ 8.109, durante o período, normalmente, além de ter sido gratificado com bonificações natalinas, que dobram sua remuneração mensal relativa ao mês de dezembro.

De acordo com a FAB, assim que anunciada a prisão do ex-segundo-sargento, “foi instaurado processo administrativo para julgar a conduta praticada, sob o prisma da ética militar. Ressalta-se que o tempo decorrido até a efetiva expulsão do sargento esteve condicionado ao cumprimento dos devidos trâmites administrativos de intimação do militar, que se encontra detido em outro país, desde a sua prisão em flagrante.”

Rodrigues foi condenado pela Justiça Militar da União em fevereiro deste ano. Além do cumprimento de 14 anos e 6 meses em regime fechado ele ainda deverá arcar com 1.400 dias de multa no valor fixado em ⅓ do salário mínimo por dia, o equivalente a R$565.600.

O juiz federal Frederico Magno de Melo Veras, presidente do Conselho Permanente de Justiça (CPJ) da 2ª Auditoria Militar de Brasília (11ª CJM), afirmou não ter “a menor dúvida de que esse é um crime militar, mas praticado num contexto de tráfico internacional”.

Vale ressaltar que o ex-segundo-sargento da FAB já havia sido sentenciado a 6 anos e 1 dia de prisão em regime fechado e pagamento de multa no valor de 2 milhões de euros, pela Justiça espanhola.

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