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Gonçalense procura mãe biológica que nunca conheceu

Doméstica foi registrada apenas no nome do pai

relogio min de leitura | Escrito por Ana Carolina Moraes | 09 de maio de 2022 - 12:00
Com 35 anos, Franciele não sabe quem é sua mãe
Com 35 anos, Franciele não sabe quem é sua mãe -

"O Dia das Mães, para mim, é difícil. Ontem mesmo eu fiquei com meus filhos, vendo um filme e quando eu lembro dessa história da minha mãe, me dá vontade de  chorar.São meus filhos que me veem assim e me confortam. Tem tanta gente por aí com mãe e com família e que não dá valor, é triste e dói muito". Esse é o relato emocionado da doméstica Franciele Gonçalves de Oliveira, de 35 anos, que está procurando notícias de sua mãe biológica. Ela foi criada por sua avó paterna, dona Regina Gonçalves, mas nunca soube o nome de sua mãe, seus documentos, por exemplo, não possuem o nome da genitora dela. Em seus documentos, só consta o nome de seu pai Jordan Gonçalves de Oliveira. 

Com uma vida muito sofrida e em constante mudança, Franciele sente que uma parte dela está faltando sem sua mãe. Ela nasceu em São Gonçalo, chegando a morar em bairros como Mutuá, Boa Vista e Brasilândia, tendo estudado no Colégio Estadual Padre Manuel de Nóbrega, quando, na adolescência, saiu daqui e foi para Búzios junto de sua avó. Depois disso, ela ficou sem estudos e resolveu sair de casa com 14/15 anos, chegando a morar em Magé (com o pai de seus filhos) e em São Paulo, dentre outros lugares. Hoje, ela mora no Paraná e é mãe de quatro jovens (um de 16 anos, outro de 15, outra de 13 e um de 10).

"Eu sai de casa para trabalhar, minha família por parte de pai não me tratava bem, era apenas a minha avó, nem com o pai tive contato direito. A família da minha mãe nunca conheci, não tenho nem o nome e nem a foto dela, não sei como ela é. Depois de um tempo fora de casa, conheci o pai dos meus filhos, com quem casei, depois separei, fui para São Paulo e tentei voltar com o pai dos meus filhos depois novamente, voltando para Magé, mas não deu certo e hoje estou no Paraná, desde o ano passado", contou ela.

Franciele voltou a falar com seu pai tem pouco tempo, quando descobriu que ele trabalhava na Globo, mas, mesmo retornando o contato, o pai nunca foi muito presente em sua vida e quando perguntado sobre a mãe dela, ele fica nervoso e prefere não falar do tema. "Ele diz que não lembra dela e nem o nome dela, mas eu tenho um áudio dele falando que ela voltou algumas vezes para me procurar. Eu fui registrada com 10 anos no cartório de Neves, nessa época, ele já era casado com a minha madrasta. Quando eles se casaram, eu tinha 5 anos e fui daminha, tem até foto, mas ele usou os documentos de solteiro para me registrar, o que é estranho. Minha madrasta diz que ele mente e também conta que não sabe da minha mãe. Minha avó, que poderia saber, está sofrendo de Alzheimer e hoje não se lembra de nada", afirmou ela.

Esta é uma foto do pai de Franciele, seu Jordan, e dela ainda pequena
Esta é uma foto do pai de Franciele, seu Jordan, e dela ainda pequena |  Foto: Reprodução/Internet
 

Recentemente, a doméstica descobriu que tem duas irmãs por parte de pai, mas não consegue saber mais sobre sua origem por parte de mãe. "Eu já busquei na internet, tem gente que diz que lembra do meu pai e da minha avó, mas não da minha mãe. Nem no cartório que fui registrada tem informações da minha mãe, estou tentando por e-mail com eles uma declaração de nascido vivo para mais informações, mas eles não responderam. A história que me contaram aos 15 anos é que minha mãe era amante do meu pai e ele não quis ficar com ela. Minha mãe ameaçou falando que se ele não a quisesse, ela ia me deixar na frente da casa dela ou da do meu pai, mas isso teria ocorrido em 1989 e eu nasci em 1986, tenho 35 anos, ou seja, a história não bate. Minha avó falava que a minha mãe era ela, por ter me criado. Eu não sei mais o que fazer, esse passado me assombra, não tenho foto, não tenho nada. Por onde eu começo a procurar por ela? Se ainda tivesse o nome, ajudava, mas nem isso. Além disso, são poucas as fotos que tem minhas na minha família como criança, não sei de muita coisa, mas são apenas 2 fotos", afirmou.

Hoje, Franciele luta para conseguir ter sua identidade completa, para dar uma avó para seus filhos e para conseguir desvendar esse mistério. "Eu tentei buscar por esse caso nos meus 15 anos, mas a família do meu pai ficou chateada e brigou comigo. Hoje, retornei a essa busca pelos meus filhos, eles perguntam se possuem avó. No Natal é difícil, no ano novo também. Dói muito não saber!", disse ela. 

Para quem tiver informações sobre a mãe de Franciele, basta entrar em contato com ela pelo Whatsapp pelo número (44) 9966-6641. 

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