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Inocentes de Belford Roxo, na Baixada, levou ancestralidade e negritude para a avenida

A escola foi a segunda a desfilar hoje (21) na Marquês de Sapucaí

relogio min de leitura | Escrito por Ana Carolina Moraes | 22 de abril de 2022 - 00:10
A escola trouxe muita ancestralidade para a avenida
A escola trouxe muita ancestralidade para a avenida -

O clima na Sapucaí continua sendo de felicidade e ressurgimento nesse primeiro Carnaval após a pandemia da Covid-19. Mais um exemplo disso foi a segunda escola que se apresentou nesta noite (21), a Inocentes de Belford Roxo, com o enredo “A Meia-Noite dos Tambores Silenciosos”, narrando uma festa que ocorreu durante o Carnaval, em Pernambuco há mais de 50 anos. A ideia do samba foi falar também de ancestralidade e de negritude.

Sob o comando de mestre Juninho, na bateria, e com os intérpretes Luizinho Andanças (ex- Porto da Pedra), Tem-Tem Sampaio e Silas Leleu, a escola entrou com garra na avenida e arrancou aplausos do setor 1 para. a Rainha de Bateria, Natália Lage.

Ao longo do desfile a Inocentes demonstrou um entrosamento com o público, que cantou o samba da escola, enquanto as alas evoluíam com temas importantes como o 'Black Lives Matter' (Vidas Negras Importam), e homenagens a figuras dos cultos africanos, como Xangô, Nagô, Oyá, Egum, entre outros. "O samba é um local de descendência, de ancestralidade e que não abre margem para preconceitos, assim como a Noite dos Tambores", disse o presidente da escola Reginaldo Ferreira Gomes.

A escola trouxe 17 alas, dentre elas a 'Oyá Igbalé', 'Resistência Africana', 'Irmandade dos homens pretos' e outras, além de três carros e dois tripés. A Inocentes se destacou pela dança, pelo canto dos membros da escola e pelas alegorias com diversos brilhos e pedras. O carro abre-alas, o 'Tambores para os ancestrais', apresentou, no entanto, um problema na pista: ele não conseguia seguir em linha reta, exigindo muito cuidado do pessoal da harmonia que teve que conduzir o veículo da melhor forma.  

Na última quarta-feira (20) desfilaram as primeiras sete escolas da Série Ouro: a 'Em Cima da Hora', a 'Acadêmicos do Cubango', a 'Unidos da Ponte', a 'Unidos do Porto da Pedra', a 'União da Ilha do Governador', a 'Unidos de Bangu' e a 'Acadêmicos do Sossego'. Juntamente com as escolas de ontem, as de hoje estão competindo para conseguir uma vaga no Grupo Especial no próximo ano.

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