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Covid-19: 35% das crianças de 5 a 11 anos tomaram a D1 no RJ

A segunda dose foi aplicada em 79 mil crianças, 5% do público

relogio min de leitura | Escrito por Agência Brasil | 29 de março de 2022 - 20:53
Nova remessa irá se unir com as mais de 177 milhões de doses da vacina já recebidas
Nova remessa irá se unir com as mais de 177 milhões de doses da vacina já recebidas -

Apenas 35% das crianças de 5 a 11 anos do estado do Rio de Janeiro receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19. De um total estimado em 1,5 milhão de crianças, apenas 526,2 mil receberam a imunização. A segunda dose só foi aplicada até o momento em 78,9 mil crianças nessa faixa etária, o que equivale a 5% do total.

Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, a adesão no estado chega a 86% (1,1 milhão) com a primeira dose e 63% (833,2 mil) com a segunda. Os dados estão disponíveis nos painéis da Secretaria de Estado de Saúde (SES). A SES foi procurada para se manifestar sobre a baixa adesão à vacinação infantil contra covid-19 no estado, mas não enviou posicionamento nem informou estratégias para aumentar a cobertura.

Na capital, faltam 26% do grupo de 5 a 11 anos tomarem a primeira dose, um total de 147,2 mil crianças, segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Para ampliar a adesão à vacina, foi feita uma campanha de busca ativa nas escolas, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME), com vacinação nas unidades de ensino municipais durante as aulas, mediante autorização dos pais.

A cobertura na cidade da população total acima de 5 anos está em 98% com a primeira dose e 91% com a segunda ou dose única. No estado do Rio de Janeiro, a cobertura com o esquema completo para o público que integra a campanha está em 73%.

Histórico

O grupo de 5 a 11 anos foi incluído no Plano Nacional de Imunizações (PNI) no dia 5 de janeiro deste ano, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso da vacina Pfizer pediátrica em 16 de dezembro.

As primeiras doses chegaram ao Brasil em 13 de janeiro e, no Rio de Janeiro, a aplicação começou no dia 17 de janeiro. O uso infantil da CoronaVac, fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo, foi aprovado pela Anvisa para a faixa entre 6 e 17 anos no dia 20 de janeiro.

Fake News

Esse mês, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta sobre o desafio e a importância da vacinação infantil contra a covid-19 para conter a pandemia. A nota técnica atribui às fake news a responsabilidade por causar insegurança em muitos pais sobre os riscos de vacinar seus filhos.

Instituições de pesquisa como o Butantan e diversos cientistas brasileiros e de outros países já atestaram a segurança e eficácia da vacina contra a covid-19 para o público infantil. Segundo a Fiocruz, os principais motivos para a hesitação em vacinar os filhos são o medo de reações adversas e a minimização da gravidade da doença em crianças.

O problema da disseminação de desinformação e informações falsas também foi apontado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), como uma barreira na resposta à pandemia no Brasil. A conclusão está no relatório Explorando debates online da Covid-19 e a poluição de informações na América Latina e no Caribe, lançado na semana passada, apenas em inglês.

Segundo o relatório, 25,8% das informações falsas que circularam na região entre 1º de outubro de 2020 e 13 de fevereiro de 2021, em inglês e espanhol, são relacionadas às vacinas. O documento aponta que, apesar de não terem sido analisados conteúdos em português, 22% dos brasileiros foram expostos a informações poluídas sobre vacinas em outras línguas.

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