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Putin ordena que arsenal nuclear russo fique em “regime especial de alerta”

Determinação é uma resposta às sanções impostas ao país do leste europeu pelo Ocidente

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de fevereiro de 2022 - 15:34
Vladimir Putin
Vladimir Putin -

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que o arsenal nuclear do país, o maior do mundo, fosse colocado em “regime especial de alerta”, durante reunião com os ministros da Defesa, Serguei Choigu, e do Estado Maior, Dmitry Yuryevich Grigorenko, no Kremlin, neste domingo (27). O gesto é uma resposta às sanções impostas à Rússia pelo Ocidente.

“Os países ocidentais não estão apenas aplicando sanções econômicas nada amigáveis. Seus líderes de Estado têm feito pronunciamentos agressivos sobre nosso país. Por isso, ordenei que coloquem as forças de dissuasão da Rússia em regime especial de alerta”, alegou Putin.

As ameaças levantam um alerta sobre a comunidade internacional, que teme pelo início de um conflito nuclear sem precedentes na história da humanidade. Em suas redes sociais, o pesquisador Pavel Podvig, especialista no campo dos estudos do poderio nuclear russo, afirmou que a fala de Putin representa uma “clara e explícita ameaça nuclear”.

“Sim, foi uma ameaça nuclear muito explícita: “as consequências serão como vocês nunca viram em toda a sua história”. Isso tudo me deixa nervoso. O Kremlin não tem boas saídas neste momento e está olhando para uma ameaça existencial ao estado atual.”, concluiu Podvig.

Em resposta à declaração de Putin, a Casa Branca afirmou que a medida “obedece a um padrão de fabricação de ameaças que não existem” e que “a Rússia nunca esteve sob ameaça da Otan”, aliança militar de defesa liderada pelos Estados Unidos. A embaixadora estadunidense da Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, criticou o ocorrido.

“Putin colocar as armas nucleares em alerta, mostra que o líder russo está escalando o conflito de uma maneira que é inaceitável”, declarou a embaixadora.

Em resposta ao avanço das tropas russas, o governo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, entrou com uma ação contra os invasores no Tribunal Penal Internacional de Haia, principal órgão judiciário da ONU.

“A Ucrânia entrou oficialmente com uma ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. Solicitamos ao tribunal uma decisão urgente ordenando que a Rússia cesse a atividade militar imediatamente. Exigimos que a Rússia seja responsabilizada por distorcer o conceito de genocídio para justificar a agressão e esperamos que os julgamentos comecem na próxima semana.”,sustentou Zelensky.

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