Mulher procura PMs que resgataram corpo do marido após acidente; Veja os vídeos!
Cleison morreu, mas o ato de solidariedade acalentou o coração da família

A família do eletricista Cleison Alves dos Santos está vivendo dias de muita tristeza e dor. Isso porque o gonçalense morreu na última sexta-feira (18) após sofrer um acidente de carro, no km 404 do Arco Metropolitano, no Rio de Janeiro, quando estava indo trabalhar. A morte pegou a todos de surpresa, no entanto, uma coisa acalentou o coração dos familiares: dois policiais militares fizeram todo o possível para salvar o eletricista, incluindo entrar dentro do rio onde o carro de Cleison caiu. Os agentes chegaram a fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca para reanimá-lo. Após ver as imagens deste dia, a família da vítima resolveu fazer um agradecimento público aos policiais e deseja encontrá-los.
Segundo a doméstica Renata Cristina Perreira da Silva, de 43 anos, esposa de Cleison, ele acordou naquele dia e foi trabalhar normalmente. Eles se falaram pela última vez quando ele estava abastecendo seu carro em um posto de gasolina em Guaxindiba. "Ele me falou: "amor, estou abastecendo o carro e já vou indo. Meu patrão está me ligando porque eu vou chegar atrasado. Me manda mensagem daqui a 1h30". Aí eu acabei saindo e depois de mais de uma hora dessa mensagem, como ele pediu, eu mandei outra, mas dava que o celular dele estava desligado. Isso foi por volta das 12h. Inicialmente, eu não pensei muito que tinha ocorrido nada, pois pode acontecer do celular estar sem bateria. Quando foi 16h, hora que ele saía do trabalho, eu vi que não tinha nenhuma mensagem ainda. E foi aí que agentes da Polícia Rodoviária Federal entraram em contato com a minha cunhada Ana Nery falando que o Cleison tinha sofrido um acidente e estava em uma ambulância. Nessa hora, ficamos nervosos, mas não sabíamos que o pior estava por vim", contou ela.

O acidente teria ocorrido por volta das 12h, mas a família só soube depois. Cleison morreu na hora, mas, inicialmente, não quiseram contar isso para a família por telefone. "Lembro que alguns parentes foram correndo para os hospitais da região para saber onde o Cleison estava. Eles não queriam falar para a gente que ele tinha morrido por telefone e eu entendo, mas pediam para alguém ir lá no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande. Só soubemos que ele tinha falecido quando fomos até o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que ficava próximo ao local do acidente", contou Renata.
A família acredita que houve uma falha mecânica do carro e que Cleison tentou de tudo para se salvar. O carro do eletricista perdeu o controle, bateu numa mureta e acabou ultrapassando essa barreira e caindo em um rio. O caso segue sendo investigado pela perícia. Cleison foi sepultado no último sábado (19), no Cemitério Parque da Paz.
Agora, a família busca agradecer aos policiais que fizeram de tudo para salvar o eletricista e talvez até tivessem conseguido se a situação não fosse tão grave.
"Eu quero que eles saibam o tipo de homem que tentaram salvar. Um homem bom, maravilhoso, pai de família, amigo, com um coração gigante, trabalhador. Quero agradecer a esses homens. Vimos um vídeo deles socorrendo o Cleison, eles entraram no rio com a ajuda de um guincho, pegaram o corpo dele do carro, fizeram massagem cardíaca, respiração boca a boca e tudo mais. Ele já estava morto, mas a atitude deles fez com que eu tivesse um pouco de esperança no mundo, foi um ato de coragem. Se eles não tivessem tido essa atitude, o corpo do Cleison poderia ter afundado no rio e não ter sido encontrado depois. Há 5 anos atrás, policiais também salvaram a minha irmã que havia sido atropelada. Então, eu devo muito a essa corporação", contou Renata.

Até o momento, a família de Cleison não sabe o nome dos policiais que o ajudaram e nem a guarnição. O OSG procurou a Polícia Militar para buscar saber mais sobre a situação, mas ainda não obteve respostas.
Hoje, a rotina de Renata mudou completamente. Ela tem dois filhos com Cleison: um menino de 7 anos e uma menina de 12. Todos eles sentem muita falta do pai. "A menina tem a força do pai, uma rocha, já chorou, sofreu, mas hoje me dá forças. Já o menino ainda é pequeno e não entende muito. Ele era um grande pai até pros meus outros filhos, que eram enteados dele", afirmou ela.

O OSG se solidariza com a família e aguarda mais informações da PM para fazer o encontro dos policiais com os parentes de Cleison. "Até os meus filhos querem abraçar os homens responsáveis por tentarem salvar o pai deles. Não conseguiram por ele ter morrido na hora, mas se dependesse deles teriam conseguido. Eles foram heróis, tiveram coragem", concluiu ela emocionada.
