Justiça nega liberdade à mulher que matou os filhos na Baixada
Caso aconteceu na última segunda-feira (10) em Guapimirim

A Juíza Mariana Tavares Shu, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), negou o pedido de liberdade provisória de Sthephani Ferreira Peixoto, de 35 anos, que matou os dois filhos com golpes de faca em Guapimirim, na Baixada Fluminense, na última segunda-feira (10). O pedido apresentado pela defesa foi rejeitado durante audiência realizada na última quarta-feira (12).
Em sua decisão, Mariana Shu enfatizou ser "imprescindível manter a prisão da ré, para garantir a segurança dela mesma e também da população."
“Inicialmente, cabe ressaltar que não há nada que indique ilegalidade na prisão do(s) custodiado(s), tratando-se de flagrante formal e perfeito, nos termos do artigo 302, II, do CPP, não havendo que se falar, portanto, em relaxamento da prisão em tela”, destacou.
A magistrada também converteu a prisão para preventiva, ou seja, sem prazo determinado para soltura.
“A conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva da custodiada é necessária como medida de garantia da ordem pública, porque crimes como esse comprometem a segurança de moradores da cidade de Guapimirim e da própria custodiada – pois se solta, corre o risco de linchamento público –, impondo-se atuação do Poder Judiciário, ainda que de natureza cautelar, com vistas ao restabelecimento da paz social concretamente violada pela conduta do custodiado”, justificou a juíza.
No dia 10 de janeiro, Stephani Peixoto assassinou os dois filhos, Bruno Leonardo, de 6 anos, e Arthur Moisés, de 3 anos. O caso chocou a cidade e ganhou repercussão nacional. Após cometer o duplo homicídio, a mulher cortou os pulsos numa suposta tentativa de suicídio. Ela está internada no hospital psiquiátrico no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.