Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1585 | Euro R$ 5,5113
Search

Mais de 50 pesquisadores da Capes divulgam carta de renúncia coletiva

Órgão é responsável por avaliar programas de pós-graduação no país

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de novembro de 2021 - 16:38
Sede da Capes em Brasília
Sede da Capes em Brasília -

Um grupo de pelo menos 52 pesquisadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) assinou uma carta de renúncia coletiva de seus cargos nesta segunda-feira (29). O órgão, que é ligado ao Ministério da Educação, é responsável por avaliar todos os programas de pós-graduação no país, autorizando ou não seu funcionamento. 

A carta aberta foi enviada à direção da Capes. Nela, os serviços atribuem a decisão à falta de apoio e respaldo ao trabalho deles. Os pesquisadores que pediram para ser desligados são das áreas de Matemática, Probabilidade e Estatística e de Física e Astronomia. O documento lista ainda outros motivos, como falta de ação da Capes para a retomada da avaliação quadrienal, que foi paralisada devido uma decisão judicial liminar.

Os coordenadores de área da Capes são responsáveis pela avaliação de cursos de mestrado e doutorado. As avaliações são de suma importância para a educação e a pesquisa do Brasil, já que englobam tanto a proposta de novos cursos quanto a permanência daqueles que já integram o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Além disso, a avaliação quadrienal é a realizada periodicamente pelas coordenações de área para verificar se os cursos terão reconhecimento renovado para continuar funcionando até a próxima avaliação.

No dia 22 de setembro, a Justiça Federal concedeu uma liminar ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu suspensão imediata da avaliação quadrienal dos programas de pós-graduação em andamento. Na ocasião, o MPF pediu que a Capes apresentasse, em 30 dias, a relação completa dos “critérios de avaliação”, “tipos de produção/estratos” e as “notas de corte” utilizados para avaliar os cursos.

O pesquisadores afirmam que consideram "quase impossível" a retomada da avaliação num futuro próximo. Segundo eles, caso haja retomada, não é garantida que a análise "atenderá aos padrões de qualidade que a área preconiza". 

Matérias Relacionadas