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Reaquecimento do comércio traz vagas de empregos para São Gonçalo

Comerciantes estão confiantes e esperançosos

relogio min de leitura | Escrito por Ana Carolina Moraes | 20 de setembro de 2021 - 15:00
Comércios voltam a abrir em SG
Comércios voltam a abrir em SG -

São Gonçalo é a segunda maior cidade do Rio de Janeiro quando se fala em habitantes. Ao todo, são mais de 1.092.000 pessoas que vivem no coração deste município. No entanto, a cidade viu suas ruas vazias e comércios fechados durante a pandemia da Covid-19 após ordens de restrições e o decreto de lockdowns. Hoje, com a amenização da pandemia e o número de mortos e infectados cada vez menor, os comerciantes voltaram a abrir as portas com esperança de dias melhores. Novas vagas também estão surgindo como, por exemplo, o Assaí atacadista que está com 309 oportunidades abertas para sua nova loja na cidade. 

Lojas abertas
Lojas abertas |  Foto: Layla Mussi
 

No Centro da cidade, um dos mais afetados pela rescessão, já é possível ver que quase todos os comércios seguem abertos, incluindo desde as pequenas até as grandes franquias que chegam a todo vapor. Um dos exemplos de comércio que retornou a abrir suas portas pós-pandemia foi o de Fernanda Matias, de 22 anos, que é gerente da loja de músicas Nova Melody. Durante cerca de cinco meses no ano passado (de março até setembro) a loja ficou de portas fechadas funcionando via delivery, com pedidos feitos na internet ou até mesmo do lado de fora da loja. 

"No período da pandemia conseguimos até que vender bastante, pois as pessoas estavam em casa, entediadas, então, eu acredito que elas queriam comprar instrumentos para ajudar a passar o tempo no lockdown. Acho que as vendas estão se reaquecendo, mas ainda não é como antes, talvez pelo momento complicado de inflação que vivemos de muita gente estar sem renda. No entanto, o comércio agora está se reaquecendo, estão começando a aparecer mais empregos, e devemos conseguir voltar a vender como antes com o tempo", contou ela. A loja da família de Fernanda se localiza na Rua Salvatori, no Centro de SG, há 33 anos.

Comerciantes esperam reaquecimento do comércio
Comerciantes esperam reaquecimento do comércio |  Foto: Layla Mussi
 

O gonçalense José Carlos Costa, de 68 anos, é dono da Jam Modas, que vende produtos para natação, biquínis e balé, concorda com Fernanda. Hoje, ele acredita que vende cerca de 40% do que vendia antes da pandemia. "Ficamos cerca de três meses fechados, fora os lockdowns, em 2020. Eu senti sim que as vendas caíram em 2020, mas conseguimos reabrir. Lembro que no início do ano eu vendia apenas 20% do que vendia antes da pandemia, hoje já conseguimos vender mais. Para mim, as vendas tendem a crescer mais ainda e vão ficar mais fortes ainda no final do ano com o verão, já que eu vendo produtos de praia, e agora que as praias estão liberadas", afirmou ele que tem seu comércio, junto com a esposa Miriam Costa, há mais de 20 anos, na Rua Doutor Feliciano Sodré, no Centro de SG. 

"Para mim, as vendas tendem a crescer"
"Para mim, as vendas tendem a crescer" |  Foto: Layla Mussi
 

O setor alimentício, mesmo sendo essencial para as pessoas, também sentiu uma 'caída' com a pandemia. Quem afirma isso é Maria Sebastiana Nogueira Rubi, de 62 anos, que, junto com seu marido Manoel Alves Rubi, são donos de um sacolão na Avenida Dezoito do Forte.   

Esperança cresce entre os gonçalenses
Esperança cresce entre os gonçalenses |  Foto: Layla Mussi
 

"Não fomos obrigados a fechar, por sermos do comércio essencial, mas funcionávamos por menos tempo, tínhamos um horário definido pela Prefeitura para fechar as portas. Durante a pandemia, sentimos que o nosso caixa diminuía R$ 1.000 todo mês comparado a antes porque as pessoas estavam em casa na pandemia e poucas vinham para cá. Com isso. compramos também menos carga de produtos. Hoje, a gente sente que melhorou desse cenário e a situação está, aos poucos, se estabilizando", contou ela.

Comércios reabertos
Comércios reabertos |  Foto: Layla Mussi
 

Para Mário dos Santos, de 66 anos, atual presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas de São Gonçalo CDL-SG, as vendas poderão normalizar mais no fim do ano. "A população de São Gonçalo é bem significativa, é a segunda maior do estado e, por isso, atrai muitos novos empreendimentos e gera empregos. Novos comércios estão vindo para cá, como o Assaí e isso fortalece os comércios locais. Acredito que os tempos ainda estão difíceis, mas as coisas estão caminhando para se normalizar. Com o grande número de desempregados, o dinheiro circulante é menor, mas o retorno progressivo do comércio já está ocorrendo e até o fim do ano as vendas devem se normalizar", afirmou.

Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em 2019 (ano dos últimos dados disponíveis), o total de estabelecimentos comerciais em São Gonçalo era de 6.474, o que representava cerca de 6,36% dos estabelecimentos em comparação ao Brasil. Na época, o número de admissões chegou a 11.478, já o número de desligamentos chegou a 11.935, a diferença entre esses números resultou num saldo negativo de menos 457. 

Empregos estão surgindo
Empregos estão surgindo |  Foto: Layla Mussi
 

Esses dados sofreram variações em 2020, mas ainda não é possível calcular o quanto, pois, segundo Evanildo Barreto, atual presidente da Associação Comercial e Empresarial de São Gonçalo (Acesg), não há um número exato que dê para contabilizar quantos comércios fecharam de vez e quantos voltaram a ser reabertos após a pandemia em SG, já que muitas vezes os proprietários não dão baixa nos alvarás, o que dificulta uma contagem precisa. Novas oportunidades de emprego também estão surgindo no cenário atual de São Gonçalo e isso ajuda no reaquecimento da economia.

Ele, que também já foi secretário municipal de desenvolvimento econômico em governos anteriores, explicou um pouco como estava a economia em São Gonçalo antes da Covid-19 e como isso refletiu no agora.

"O município e os seus vizinhos passavam por uma sucessão de problemas que podia dar certo ou errado, como a questão do petróleo e outros, mas, mesmo assim, tudo estava dando certo em São Gonçalo e já atraíamos os olhares de diversos empreendedores. A pandemia, no entanto, chegou e não poupou ninguém. Entendemos, na época, que não podíamos sacrificar tanto o comércio assim e fechamos as portas, como recomendação dos órgãos de saúde. Estimo que 35% do comércio não voltou a abrir após a pandemia, mas não é uma certeza, não são dados concretos", disse ele.

Evanildo, que é empresário do ramo imobiliário, também deixou claro que o comércio caiu sim, como afirmaram os outros entrevistados, mas que, com novos empreendimentos nascendo na cidade, a tendência é a melhora. 

"Com os novos comércios, como a Magazine Luiza e a abertura do Assaí, o nível de confiança empresarial do gonçalense cresce e os índices de desemprego vão voltar a cair. São Gonçalo está tendo uma reação positiva a isso e o comércio tende a crescer", disse ele.

Lojas estão preparadas para atender
Lojas estão preparadas para atender |  Foto: Layla Mussi
 

Assaí Atacadista oferece mais de 300 vagas de emprego em São Gonçalo

O Assaí Atacadista está com 309 vagas de emprego abertas para a cidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. As oportunidades, criadas para compor o time da nova loja que será inaugurada na Rua São Jorge, nº 95, no bairro Porto Velho, nos próximos meses, são todas efetivas e abrangem diferentes áreas. Entre alguns dos postos dos setores, que oferecem funções técnicas, operacionais e de liderança, estão: chefe de seção, fiscal de prevenção de perdas, repositor de mercadorias, operador de caixa, auxiliar de manutenção, operador de empilhadeira, auxiliar de cozinha, açougueiro, auxiliar de açougue, entre funções que também incluem oportunidades para pessoas com deficiência.     

Os interessados e as interessadas devem se cadastrar exclusivamente no site https://expansaoassaisaogoncalo.gupy.io até o dia 01 de novembro. Para iniciar a participação no processo seletivo, é necessário ter em mãos RG, CPF, número de telefone e endereço de e-mail. O processo seletivo será 100% on-line, sendo importante manter os dados cadastrais atualizados.

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