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Maricaense encontra dificuldades em conseguir medicamento para tratar Síndrome de Arnold Chiari I

A jovem sofre com fortes dores e preciso de um analgésico de uso restrito hospitalar

relogio min de leitura | Escrito por Pedro Di Marco | 24 de agosto de 2021 - 16:24
Ana Beatriz Marinho Neto, estudante de direito de 23 anos
Ana Beatriz Marinho Neto, estudante de direito de 23 anos -

Faltando um mês para sua cirurgia, a família da maricaense Ana Beatriz Marinho Neto, de 23 anos, está vivendo uma verdadeira via crúcis para garantir seu tratamento. Bia, como é chamada por amigos e familiares, sofre de Síndrome de Arnold Chiari I, uma má formação congênita do sistema nervoso central que pode provocar dores intensas em seus portadores, e precisa da administração de nalbufina para aliviar seu sofrimento. Contudo, por se tratar um medicamento de uso restrito hospitalar, o analgésico não pode ser adquirido por vias convencionais, sendo dever do estado fornecê-lo aos pacientes. Mas, como explica Vanessa Cristina Marinho, a mãe da Bia, esse dever não está sendo cumprido.

“Minha filha sente dores insuportáveis contra as quais medicamentos de uso rotineiro não fazem mais efeito e precisa agora de um medicamento de uso restrito. Nós temos a receita e o laudo do SUS tudo direitinho, mas não conseguimos fazer a retirada. Em Maricá isso deveria ser feito por aplicativo mas ele não está funcionando direito", relatou Vanessa.

Outro problema evidenciado por ela é a dificuldade em conseguir respostas das instituições responsáveis. Vanessa conta que o portal de atendimento ao cliente da Defensoria é ineficiente e vêm demonstrando total descaso com a sua situação.

“Tentei contato com a Câmara de Litígio. Sábado e domingo não funcionam e de segunda a sexta é só das 10h às 15h. Procurei eles nesse horário e não respondem, só enviam estas mensagens automáticas que não me ajudam em nada. Ontem mandei novamente o caso para eles e só me responderam perguntando se eu sou de Maricá, até agora mais nada. Minha filha sente dor todos os dias, o dia todo, eu só preciso do medicamento para ela aguentar até a cirurgia.”, desabafou a mãe da jovem.

A cirurgia de Bia está marcada para daqui a um mês, no dia 24 de setembro, um tempo que passaria muito mais rápido se não fosse a enorme agonia em que se encontra a jovem.

Questionadas sobre a situação de Bia, a prefeitura de Maricá informou que está apurando o caso, enquanto a Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro informou que “a interessada deve entrar em contato com a Defensoria pelo telefone de ligação gratuita 129 e agendar dia e horário para o Núcleo de Primeiro Atendimento de Maricá. Pelo telefone, ela receberá instruções também sobre os documentos necessários. Outra alternativa é entrar em contato pelo aplicativo da Defensoria Pública do Rio, que pode ser baixado gratuitamente e permite interação para agendamento e  orientação jurídica.”

*Estagiário sob supervisão de Thiago Soares

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