Família suspeita de morte de policial militar morador de Maricá e pede exumação do corpo
Policial foi enterrado sem velório e com caixão lacrado

Familiares do policial militar Ismael Francisco Gonçalves, de 72 anos, morto no dia 24 de julho, registraram uma ocorrência na delegacia de Maricá (82ª DP) onde pedem a exumação e autópsia do corpo do agente. A família suspeita que Ismael tenha morrido de envenenamento.
Ismael morreu no último dia 24, na casa onde morava, em Maricá. O enterro foi realizado na tarde do dia seguinte, no cemitério municipal da cidade. Segundo os familiares, ao chegar ao local, o corpo estava dentro do carro funerário, o caixão estava lacrado e eles foram informados de que não havia capela para realizar o velório.
A família afirma que não teve acesso ao corpo do policial militar e também não foi informada sobre as causas da morte com antecedência. Somente no dia do enterro, ao questionarem um funcionário do cemitério, foram informados de que ele teria morrido devido a um "infarto agudo no miocárdio".
Desconfiados por conta de como ocorreu o enterro, familiares do idoso foram à delegacia de Maricá, onde registraram um boletim de ocorrência sobre o caso. Parentes afirmam que Ismael não tinha problemas graves de saúde e que não receberam nenhuma informação sobre a morte dele, que ocorreu em casa.
A principal suspeita da família é que ele tenha sido envenenado por algum outro familiar e pedem a realização da exumação e autópsia do corpo para comprovar a real causa da morte.
"Nós só queremos justiça, nada além disso! Ele sempre foi uma pessoa especial para nós. Queremos saber a verdade do que aconteceu e dar um enterro digno para ele", disse um familiar, que preferiu não se identificar.
Procurada, a Polícia Civil não respondeu sobre o andamento das investigações. A funerária Maracanã Assistência Funeral, responsável pelo serviço, afirmou que não vai comentar o caso. A prefeitura de Maricá, responsável pela administração do cemitério municipal, não retornou o contato.