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Depois de quase 13 meses sem atividades presenciais, rede pública de ensino deve abrir novamente as portas em agosto

Durante a paralisação das atividades presenciais o aumento da taxa de evasão escolar aumentou drasticamente no país

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de julho de 2021 - 11:03
Ensino Híbrido durante a pandemia
Ensino Híbrido durante a pandemia -

Após 13 meses de portas fechadas, escolas públicas de todo o país devem voltar gradualmente suas atividades presenciais a partir do segundo semestre letivo de 2021. Segundo levantamento do Vozes da Educação, apenas uma rede de ensino estadual e três municipais dentre as capitais manterão suas aulas estritamente a distância em agosto.

Com o avanço da vacinação no país que já chega a marca dos 37 milhões (17,5%) de cidadãos completamente imunizados e 94 milhões (44,6%) que receberam ao menos a primeira dose da vacina, aumenta também a pressão dos pais pela reabertura das escolas.

Seja por questões financeiras ou por falta de acesso ao ensino remoto, muitas famílias viram suas crianças impedidas de estudar durante a pandemia. De acordo com levantamento realizado pelo Datafolha sob encomenda do C6 Bank, a taxa de evasão escolar no ano passado foi de 10,8% para os estudantes do ensino médio e 4,6% para os do fundamental. O dado representa um aumento significativo em relação aos já altos índices de 4,8% e 1,2%, respectivamente, em 2019. Além disso, mais de 80% dos estudantes entrevistados eram da rede pública, o que aponta para o agravamento da desigualdade social no país e justifica a preocupação dos responsáveis por essas crianças com os seus futuros.

Enquanto em 11 estados as redes privadas funcionam no sistema híbrido (parte presencial, parte a distância) desde o começo de 2021, entre as redes estaduais apenas as de São Paulo e a de Santa Catarina compartilham desta vivência. Nas redes municipais das capitais o retrospecto é um pouco melhor, são 12 os municípios que adotaram o sistema e em agosto outros 11 se somaram a estes. Além disso, 7 estados já têm escolas abertas na rede pública e outros 17 devem adotar a decisão a partir do mês que vem.

A preocupação para os profissionais da educação agora será encontrar novas estratégias para recuperar o tempo perdido e reduzir as altas taxas de evasão escolar atingidas durante a pandemia. Em Niterói, a prefeitura já se organiza para enfrentar o desafio. A cidade, que oferece um auxílio de R$500 por aluno da rede pública, vem promovendo treinamentos especializados para adaptar seus professores às novas metodologias do ensino híbrido, contratou estagiários para auxiliar os docentes e distribuirá celulares e tablets para que seus estudantes possam acompanhar as aulas remotas.

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