Rompimento de pastores de Angola aumenta crise na Igreja Universal no Brasil? Entenda

Fundada por Edir Macedo em 1977, a Igreja Universal do Reino de Deus passa, atualmente, por uma crise em sua concepção. O rompimento de bispos e pastores de Angola, na África, com líderes brasileiros é o ponto principal da crise. A instituição agora é regida por líderes locais no país africano.

Há alguns anos, os fiéis angolanos se mostravam insatisfeitos com a administração brasileira, pois acusam os brasileiros de usarem as igrejas em Angola como ponto de arrecadação de dinheiro para ser enviado ao Brasil. As informações são do portal Uol e Yahoo Notícias.

Algumas ações de líderes brasileiros vêm sendo praticadas na tentativa de reverter o quadro. Inclusive, o vice-presidente Hamilton Mourão viajou a Angola, onde teve uma reunião com o presidente do país, João Lourenço, para falar sobre a situação da Igreja Universal. Mas a tentativa não gerou o resultado esperado.

Segundo divulgado pelo Yahoo Notícias, a instituição religiosa teme sofrer julgamento injusto - que já impede diversos membros de deixarem Angola -, mas temem também que a “rebelião angolana” se espalhe para outros países africanos onde há presença da Igreja, como em Moçambique.

A questão da Angola é especialmente preocupante para a potência econômico-religiosa, pois o país era uma das principais fontes de dinheiro fora do Brasil para a Universal. Os recursos, inclusive, eram investidos na rede de televisão Record.

No Brasil, o cenário também se apresenta complicado com milhares de pastores e bispos deixando a instituição. Com a pandemia de Covid-19, o salário e benefícios de diversos membros foram cortados, o que levou religiosos a abandonarem a Universal. Muitos destes abriram outras igrejas.

A estimativa, segundo apurou o portal Uol, desde 2018 cerca de 3 mil pastores deixaram a igreja de Edir Macedo, o que equivale a cerca de 25% dos pastores brasileiros.